domingo, 28 de abril de 2013

Alimentos funcionais, enriquecidos para sua saúde


O poder dos alimentos funcionais

A relação entre alimentação e saúde continua a aumentar, e os pesquisadores começaram a estudar os benefícios que determinados alimentos podem fornecer além do seu valor nutricional básico. Nos últimos anos, houve um interesse crescente pelos alimentos funcionais - alimentos que têm componentes específicos, que ocorrem naturalmente ou são adicionados, e que podem reduzir os riscos de determinadas doenças. Alimentos integrais, bem como os fortificados, enriquecidos ou aditivados, pertencem a essa categoria.
Alimentos integrais não-modificados como as frutas, os legumes e as verduras são o exemplo mais simples de um alimento funcional. Por exemplo, o brócolis, a cenoura ou o tomate são considerados alimentos funcionais porque são especialmente ricos em alguns compostos que foram vinculados a uma redução nos riscos de diversas doenças. Alimentos modificados, inclusive os fortificados com nutrientes ou enriquecidos com determinados fitoterápicos ou extratos botânicos, também são alimentos funcionais. Espera-se que esses alimentos possam desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento de doenças como câncer, diabetes, pressão alta, doenças cardíacas, artrite e outras.



Na dúvida, escolha os alimentos funcionais naturais

Enquanto os pesquisadores e a indústria alimentícia continuam a procurar novas formas de vincular os produtos alimentícios à prevenção e ao tratamento de doenças, lembre-se de que a natureza fornece os alimentos funcionais em abundância. Sabemos que frutas, legumes e verduras, assim como grãos integrais, legumes, nozes e sementes são exemplos de alimentos nutritivos carregados de fitonutrientes que podem reduzir o risco de câncer, doenças do coração, hipertensão e muitas outras doenças crônicas. Não importa o que o futuro possa trazer em relação aos alimentos funcionais, você não correrá o risco de errar se optar pelo básico.
Alguns alimentos funcionais fortificados estão no mercado há muito tempo. Por exemplo, fortificamos o leite e a margarina com vitamina D para evitar doenças relacionadas à deficiência desta vitamina - como o raquitismo - , e adicionamos iodo ao sal, para prevenir gota. Mas a recente onda de pesquisas sobre o papel dos alimentos e nutrientes despertou o interesse da indústria alimentícia em desenvolver e comercializar alimentos com se fossem remédios. Por exemplo, nos Estados Unidos, produtos como cereais com adição de psyllium para reduzir o colesterol, chá com erva-de-são-joão para melhorar o humor, e salgadinhos com kava-kava para promover o relaxamento são facilmente encontrados hoje em dia nas prateleiras dos supermercados. Como esses produtos não são controlados, o consumidor não tem como saber qual teor do suposto "ingrediente ativo". Os especialistas da fitoterapia alegam que a adição de ervas a produtos como refrigerantes e petiscos é uma tentativa de explorar o interesse crescente das pessoas pela medicina alternativa.



Algumas definições

  • Alimentos funcionais: Alimentos ou componentes alimentares que demonstram ser benéficos na redução do risco de doenças crônicas além das suas funções básicas de nutrição. Outros termos que têm sido usados como sinônimos de alimentos funcionais são alimentos protetores, alimentos medicinais e farma-alimentos
  • Alimentos fortificados: Um tipo de alimento funcional que é incrementado ou fortificado com nutrientes ou outros componentes alimentícios, para ajudar a prevenir e tratar doenças. Suco de laranja fortificado com cálcio é um exemplo de limento fortificado. Os alimentos fortificados podem ser chamados de alimentos enriquecidos ou aditivados.
  • Nutracêuticos: Produtos isolados dos alimentos e vendidos como remédios para ajudar a prevenir ou tratar de doenças, como ômega-3, ácidos graxos ou fitoestrógenos.


Existe uma grande controvérsia em relação aos alimentos funcionais. Alguns acreditam que os alimentos funcionais podem desviar as pessoas de seguirem uma alimentação saudável. Outros criticam os fabricantes por estarem fazendo alegações que, na maioria dos casos, têm pouca ou nenhuma sustentação científica. Há pessoas que acreditam que existem proas suficientes para mostrar que determinados alimentos funcionais poderiam ser a resposta para reduzir a prevalência de doenças crônicas e os custos dos tratamentos. Apesar da enorme controvérsia, o grande interesse do consumidor pelos alimentos funcionais provavelmente irá estimular o desenvolvimento deste mercado. Veja a seguir uma lista de alguns componentes alimentícios que são foco de pesquisas atuais:

Ácidos graxos ômega-3

Foram vinculados ao tratamento e à prevenção de uma ampla gama de doenças, inclusive doenças cardíacas, derrame, lúpus, diabetes, doenças intestinais inflamatórias, artrite e cânceres de mama, cólon e próstata. Dentre os alimentos que contém ácidos graxos ômega-3, podemos citar peixes gordurosos, óleos de peixe e semente de linhaça. Atualmente, alguns ovos também contêm este componente alimentício.

Proteína da soja

Pesquisas confirmam a importância da proteína da soja na redução dos níveis de colestrol no sangue. Ainda não se sabe ao certo se o efeito é causado pelas isoflavonas (estrógenos naturais) da soja ou por alguns outros componentes - talvez esteróis. As isoflavonas estão sendo estudadas atualmente por suas potenciais propriedades anticancerígenas. Elas também podem proteger contra a osteoporose. A proteína da soja pode ser encontrada em uma variedade de alimentos à base de soja, inclusive grãos de soja, tofu e bebidas de soja.

Probióticos e prebióticos

Probióticos são culturas de bactérias ativas que podem ajudar a restaurar a função intestinal e melhorar a reação imunológica. São encontradas no iogurte e em outros produtos fermentados. Os prebióticos são substâncias que estimulam o crescimento de bactérias benéficas específicas no cólon. Os frutoligossacarídeos (FOS) e a insulina, ambos encontrados na raiz da chicória, são bons exemplos. Eles podem ser extraídos da raiz e adicionados a produtos processados.

Luteína

Este carotenóide (um tipo de oxidante) foi vinculado à degeneração macular relacionada ao envelhecimento, a principal causa da perda de visão em pessoas idosas. Está presente em alimentos como ovos, milho, espinafre, kiwi, laranjas, brócolis e acelga.

Psyllium

Nos Estados Unidos, o psyllium está sendo adicionado a cereais e outros alimentos por causa de sua fibra solúvel que reduz o colestrol.

Aveia

A aveia tem sido amplamente estudada por sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol. Contém uma fibra solúvel, conhecida como beta-glucan, capaz de reduzir o colesterol.

Estanóis e esteróis

Estes compostos que reduzem o colestrol, derivados de óleos de madeira, estão sendo adicionados a algumas margarinas.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

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