quarta-feira, 24 de abril de 2013

Água, essencial para a vida

Composta de duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio, a água é a substância mais abundante no corpo humano, sendo responsável por quase 60% do nosso peso. Embora a água não tenha calorias ou outros nutrientes, só podemos ficar poucos dias sem bebê-la. Já uma pessoa saudável pode sobreviver de seis a oito semanas sem se alimentar. Uma perda de 5 a 10% da água do organismo provoca uma séria desidratação, mas uma perda de 15 a 20% é geralmente fatal.

Funções vitais desempenhadas pela água

A água é essencial para todas as funções vitais do corpo, inclusive a digestão, a absorção e o transporte de nutrientes, a eliminação de resíduos e para regular a temperatura corporal, assim como para diversos outros processos químicos. Ela fornece um colchão protetor para as células e, na forma de líquido amniótico, protege o feto em desenvolvimento. A água é necessária para constituir todos os tecidos do organismo, e é a base do sangue e de todas as secreções fluídas como lágrimas, saliva, sucos gástricos e fluídos que lubrificam nossos órgãos e articulações. Ela também ajuda a manter a pele suave e macia.



Qual a quantidade necessária de água?

O corpo humano necessita de água o suficiente para assegurar que a urina seja clara e não escura ou amarelo-brilhante. Em média, para o adulto isso pode ser traduzido como seis a oito copos de água diários. A maior parte disso é fornecida por bebidas - água pura, café, sucos e refrigerante - mas, surpreendentemente, ela é bastante abundante nos alimentos também. Frutas, verduras e legumes, por exemplo, são constituídos por 70 a 95% de água - comparados aos 75% do ovo; 40 a 60% das carnes, aves e peixes; e 35% do pão.
Nossas necessidades diárias variam muito. Precisamos de mais água no calor, durante a prática de exercícios, quando temos febre, resfriados ou outras doenças. A água também é mais necessária durante a gravidez, para gerar o líquido amniótico e o volume de sangue expandido, assim como atender às necessidades de desenvolvimento do feto. Mães que estão amamentando precisam aumentar a ingestão de líquido para produzir leite, que é composto por 87% de água.
Como regra geral, a quantidade de água que ingerimos deve ser igual à que eliminamos. Muitos fatores podem afetar esse equilíbrio hídrico. Por exemplo, tomar diuréticos ou outras drogas que aumentam a micção eleva a nossa necessidade de ingerir líquidos. Berber grandes quantidades de chá ou café tem um efeito diurético semelhante, o que pode compensar a ingestão dessa bebidas. Comer comidas salgadas faz com que tenhamos mais necessidade de água para mantermos o equilíbrio adequado de líquidos.
A sede diminui com a idade, portanto os idosos devem beber água com mais frequência mesmo quando não sentem sede. Além disso, a sede pode não acompanhar a necessidade de água do corpo durante uma prática de exercícios intensa ou quando está muito quente e úmido. No momento em que você sente sede, já pode estar desidratado. Se você beber mais líquido do que precisa, os rins eliminam o excesso aumentando o volume de urina. Se você beber mais água do que os rins conseguem administrar, o excesso é absorvido pelas células.



Nossa água potável é confiável?

No Brasil, das cerca de 40 milhões de residências,88% são abastecidas pela rede geral de águas. Contudo, apenas 20% do esgoto sanitário é tratado, o que acaba minando a confiança da população em relaçaão ao seu abastecimento. Além disso, um n´mero crescente de representantes da saúde pública está alertando para o fato de que os reservatórios de água estão sendo poluídos por águas industriais, resíduos de fertilizantes, pesticidas, lixos químicos e nucleares.
Portanto, até que ponto nossa água é confiável? Veja, a a seguir, os agentes contaminadores mais comuns que podem afetar a segurança da água:

  • Cloro - adicionar cloro à água potável, para destruir bactérias causadoras de doenças, tem sido um grande aliado da saúde pública. Mas pagamos um preço alto por esse aliado. O cloro pode se unir a outros componentes de matéria orgânica e formar subprodutos decorrentes da cloração da água. A exposição prolongada ao trialometano, um dos seus subprodutos mais comuns, foi relacionada ao aumento do risco de câncer, principalmente de bexiga e de cólon.
  • Chumbo - Embora a maior parte da água potável municipal contenha pouco ou nenhum chumbo na fonte, a água pode absorvê-lo no trajeto até sua casa, ao passar por vários reservatórios e canos, inclusive os da sua residência. O chumbo - que é um metal tóxico - acumula-se no organismo ao longo do tempo, e pode ser prejudicial aos órgãos e às células do sangue. Uma fonte comum de contaminação é a corrosão de antigos tubos e encanamentos. Para minimizar sua exposição, use apenas água fria da torneira tanto para beber como para cozinhar. A água quente tem mais probabilidade de conter mais chumbo. Quando abrir a torneira, deixe a água escorrer até que esteja fria, para eliminar qualquer chumbo que possa estar acumulado. Se estiver preocupado, faça testes na sua água.  
  • Turbidez - A turbidez ocorre quando matérias como argila, plantas em decomposição e parasitas ficam em suspensão na água. Microrganismos causadores de doenças podem fixar-se nessas partículas e escapar da desinfeção. Embora ainda dentro dos limites permitidos, já existira, casos em que o aumento da turbidez provocou episódios de doenças gastrintestinais.
  • Parasitas - Os parasitas Cryptosporidium parvum e Giardia lamblia que vivem nos intestinos de seres humanos e animais podem entrar no sistema de abastecimento de água pelo esgoto ou pelas excreções dos animais. O parasita G. lamblia pode causar diarreia, falta de apetite, desidratação e vômitos. Uma pequena quantidade de parasitas já pode deixar as pessoas doentes. Aqueles que acampam e outros que bebem água não-tratada correm riscos ainda maiores, mas já houve casos de pessoas diagnosticadas com giardíase de água potável municipal . Normalmente, as infecções por C. parvum são mais sérias - podem provocar febre, diarreia, cólicas estomacais e até a morte. Os dois parasitas são difíceis de matar, pois suas cascas externas protetoras são duras e os protegem da desinfecção. E como são muito pequenos, conseguem passar por quase todos os filtros. 
Como saber se há esses contaminadores na sua água potável? No Brasil, a Agência Nacional de Águas, juntamente com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e os órgãos regionais e estaduais são os responsáveis pela segurança e qualidade da água que chega às nossas residências. Mas você pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária local e pedir relatórios e outras informações referentes aos níveis de contaminação. Você também pode recorrer a um filtro ou optar por água engarrafada, mas não há garantia de que essas opções irão eliminar completamente os contaminadores da água potável. Sistemas de filtro diferentes podem remover diferentes contaminadores, assim como variar o nível de contaminação na água. Se você está preocupado, faça o teste.



Arsênico na água potável

O arsênico penetra nas fontes de água potável no solo quando depósitos minerais ou pedras que contenham arsênico são dissolvidos. Além disso, o arsênico também penetra através da descarga de lixo industrial, e das partículas desprendidas da queima de combustíveis fósseis - especialmente carvão. O arsênico também é considerado um perigoso carcinógeno. O consumo durante anos de água potável com uma concentração de arsênico em níveis próximos ou mais altos que os valores de referência é considerado o responsável pelo aumento do risco de câncer de pele, assim como de tumores na bexiga, rins, fígado e pulmão. Uma exposição prolongada aos altos níveis de arsênico na água também pode causar arritmia cardíaca, danos aos vasos sanguíneos, uma baixa produção de células vermelhas o sangue e espessamento e descoloração da pele. Mais uma vez, se você estiver preocupado, teste sua água, e pense seriamente em investir na compra de um equipamento para o tratamento da água dentro de casa, a fim de reduzir o nível de arsênico.



Água engarrafada

Você pode pensar que toda a água engarrafada é igual, mas não é. A água engarrafa significa apenas que ela foi embalada em um recipiente lacrado e posta à venda. As opções existentes nas prateleiras dos supermercados incluem desde a água importada de fontes na montanha até a simples água engarrafada de um reservatório municipal. Leia atentamente o rótulo para obter todas as informações sobre a fonte, conteúdo e sabor. A seguir, apresentamos uma lista do que você pode encontrar.

  • Água termal - flui de uma fonte natural do subsolo. Uma vez que tenha sido coletada e engarrafada, deve ter as mesmas propriedades que tinha no subsolo. Pelo menos em teoria, essa água é mais protegida da poluição do que a água de rios e lagos.
  • Água mineral - provém de fonte que contem no mínimo 500 mg de minerais por litro. Algumas águas minerais são naturalmente gasosas, porque contêm dióxido de carbono, enquanto em outros tipos o dióxido de carbono é acrescentado.
  • Água potável - Água engarrafada pode vir de uma fonte ou de um reservatório de água municipal. É tratada com destilação, deionização ou osmose reversa. Outros termos usados para água tratada por esses processos são "água destilada", "água deionizada" e "água de osmose reversa".
  • Água com gás - água engarrafada que contém gás natural ou gás adicionado. A água tônica e o clube soda são considerados refrigerantes e não água engarrafada.


Sistemas de filtro domiciliar

Atualmente, existe uma grande variedade de sistemas de filtros, diferenciado-se amplamente tanto em termos de custo como de eficácia na remoção de contaminadores. Você pode escolher uma jarra para colocar em cima da mesa, ou ter uma unidade sob a pia. Como ocorre com as águas engarrafadas, a única forma de tomar uma decisão bem fundamentada é fazer uma boa pesquisa. 
Um bom lugar para começar é no Inmetro (www.inmetro.gov.br), órgão federal que trabalha para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população, para o avanço tecnológico e para a proteção do cidadão. Ele possui análises em filtros de água para que o consumidor passe a se educar sobre a qualidade do sistema de abastecimento de água potável, além de poder determinar se necessita de um sistema de filtro, e quais contaminadores são motivo de preocupação. Com base nessas informações, você pode selecionar um sistema de filtro capaz de remover esses contaminadores.



6 fatos interessantes sobre a água
  1. Estima-se que 25% da água engarrafada seja, na verdade, água da torneira filtrada. 
  2. Água mineral é frequentemente rica em sódio.
  3. Diferentemente do sistema de abastecimento de água municipal, a água engarrafada pode não conter flúor suficiente para proteger contra as cáries.
  4. Não é uma boa ideia reutilizar garrafas plásticas de água. Lavá-las e reusá-las muitas vezes acelera o processo de quebra do plástico, aumentando a exposição a substâncias químicas potencialmente prejudiciais.
  5. Verifique a data de engarrafamento e a data de validade para descobrir quão fresca é a água. Normalmente, a água engarrafada contém um menor número de bactérias prejudiciais. Mas, se a água for armazenada por períodos longos em temperatura ambiente, as bactérias podem proliferar rapidamente. O melhor a fazer é armazenar a água em locais refrigerados.
  6. Recipientes abertos de água engarrafada devem ser refrigerados, caso bactérias potencialmente prejudiciais tenham entrado neles.
Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

domingo, 7 de abril de 2013

O chocolate

Vantagens no consumo de chocolate

  • Pode melhorar o humor de algumas pessoas.
  • Como outros alimentos vegetais, contém vários antioxidantes.
Desvantagens
  • Contém muitas calorias e gorduras.
  • Pode provocar dores de cabeça.
Em 1502, a tripulação de Colombo retornava da quarta viagem ao Novo Mundo, quando levou na bagagem as primeiras sementes de cacau para a Europa. Posteriormente, os espanhóis misturaram as ementes com baunilha e outras essências, açúcar e leite e fizeram uma mistura pela qual, segundo um escritor da época, as pessoas "chegavam até a morrer". Montezuma, o imperador asteca, descreveu o chocolate como "uma bebida dos deuses, que aumenta a resistência e combate o cansaço".
Durante os primeiros seculos, o chocolate era servido apenas como uma bebida. Uma forma sólida - provavelmente, mais parecida com o marzipã do que com o chocolate de hoje - era vendida como um desjejum instantâneo na França do século XVIII. Devido aos eu efeitos estimulantes, provocados por seu teor de cafeína, o chocolate foi considerado um alimento particularmente útil para os soldados que montavam guarda à noite.
A barra de chocolate, que foi comercializada pela primeira vez por volta de 1910, atraiu a curiosidade do público quando foi usada pelo exército norte-americano como o "alimento de combate" durante a Segunda guerra Mundial.



A fonte do chocolate

O chocolate é feito a partir dos grãos descobertos das bagas do cacaueiro, uma árvore perene que se originou nos vales ribeirinhos da América do Sul. Os povos primitivos da América Central e do Sul valorizavam tanto o cacau que usavam seu grão como moeda de troca. Atualmente, aproximadamente três quartos da produção mundial de chocolate são cultivados na África Ocidental, e praticamente todo o restante no Brasil.
Depois que os grãos de cacau são colhidos, há uma fase inicial de fermentação e secagem, seguida por uma fase de torrefação a baixas temperaturas, para acentuar o aroma. Seguem-se diversos estágios de fabricação, dependendo do produto final - se é chocolate sólido ou em pó.
Em 1828, a família Van Houten de Amsterdã tentava obter uma bebida mais fina, e inventou uma prensa para remover a maior parte da manteiga de cacau dos grãos. Não só conseguiram criar uma bebida mais fina, mas também descobriram que ao misturar de volta a pasta de cacau com os grãos de cacau moídos, conseguia-se fazer uma pasta mais macia e com mais gordura que absorvia açúcar. E assim surgiu o "chocolate comestível".



Componentes do chocolate

O chocolate não é uma fonte rica de nutrientes, mas não é prejudicial comer uma quantidade limitada de chocolate, principalmente o amargo.
Uma porção de 30 g de chocolate em barra contém aproximadamente 150 calorias e 2 ou 3 g de proteína. O grão original tem grandes doses de vitamina E e vitamina B. Entretanto, estes nutrientes estão muito diluídos, sendo negligenciados no chocolate processado de hoje. O chocolate ao leite ou o meio amargo contém 40 a 53% de gordura ou de manteiga de cacau. Tanto o chocolate quanto o cacau em pó contém cromo, ferro, magnésio, fósforo e potássio, mas a gordura e as calorias fazem do chocolate uma fonte inadequada desses minerais - exceto quando usado em suprimentos de emergência.
Um composto químico que previne o chocolate de ficar rançoso valorizou rapidamente a manteiga de cacau, transformando-a em um alimento de longa durabilidade e um óleo comestível.
O chocolate é sólido em temperatura ambiente, mas como o seu ponto de fusão é exatamente abaixo da temperatura do corpo de uma pessoa, começa a derreter e a liberar seus componentes aromáticos logo que é colocado na boca.
O chocolate branco, uma mistura de manteiga de cacau, leite em pó e açúcar, não contém cacau em pó. Diferentemente do chocolate ao leite, o chocolate branco não tem boa durabilidade, porque não contém os produtos que evitam o leite em pó de ficar rançoso com o tempo.



A sensação de bem-estar que traz o chocolate

O chocolate contém dois estimulantes alcalóides relacionados, a teobromina e a cafeína em uma proporção de 10 para 1. A teobromina, diferentemente da cafeína, não é um estimulante do sistema nervoso central; seus efeitos são diuréticos. Os produtos à base de chocolate comercializados contêm apenas 0,1% de cafeína e são menos estimulantes, se comparamos o volume, do que uma xícara de café descafeinado. O chocolate sem açúcar, para uso culinário doméstico, é uma fonte mais concentrada de cafeína. O chocolate também é rico em feniletilamina (PEA), um composto natural com efeitos parecidos aos da anfetamina. Em alguns casos, pode causar dores de cabeça enxaqueca em pessoas sensíveis.

Prefira o chocolate amargo ao chocolate ao leite. O chocolate amargo contém mais antioxidantes e menos gordura. O chocolate ao leite contém a gordura do leite, que é uma gordura altamente saturada.

Algumas pessoas (geralmente mulheres) possuem uma tendência de comer chocolate após abalos emocionais. Não existem explicações científicas para este comportamento. No entanto, os psiquiatras supõe        que os "chocólatras" podem ser pessoas com problemas no mecanismo de regulagem de feniletilamina do corpo. Outros estudiosos atribuem os desejos por chocolate a mudanças hormonais, como as que ocorrem na puberdade ou no período pré-menstrual.



Novos estudos sobre o chocolate

Um relatório publicado na edição de fevereiro de 2003 do Journal of the American Dietetic Association apresenta alguns dados favoráveis ao chocolate. Os pesquisadores revisaram diversos estudos sobre os possíveis benefícios do chocolate à saúde, principalmente do chocolate amargo e do cacau. Descobriram  que os flavonóides presentes no chocolate têm algumas propriedades antioxidantes - também encontradas no vinho tinto e em algumas frutas, verduras e legumes - associadas a um risco menor de problemas cardíacos.
O chocolate tem melhor sabor quando ingerido de estômago vazio. Nunca guarde chocolate na geladeira - isso fará a manteiga se separar e formar uma mancha branca. Ao provar um chocolate, deixe que o pedaço repouse alguns segundos na boca, para liberar os primeiros aromas e sabores. A seguir, mastigue-o algumas vezes para liberar os aromas secundário. Deixe descansar novamente colado ao céu da boca, para que você consiga alcançar todos os seus sabores.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos  

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Energia alimentar - 7 dicas para obter bastante energia



Energia alimentar

Com o corre-corre e o estresse do mundo de hoje, o cansaço e a exaustão viraram regra. Dormir mais, é claro, seria a melhor resposta. Mas uma alimentação adequada também pode abastecer o corpo para longos períodos de trabalho e evitar que os níveis de energia caiam ao longo do dia.

De onde vem a energia?

Os componentes mais importantes de todos os alimentos – carboidratos, proteínas e gorduras – são os nutrientes que fornecem calorias, que, por sua vez, nos dão energia. O corpo humano converte os carboidratos em glicose, a fonte mais importante de energia. A glicose é o “açúcar do sangue”, e sua taxa sobe após a ingestão de carboidratos. O aumento dos níveis de açúcar no sangue estimula o pâncreas a liberar insulina, o hormônio que auxilia a glicose a penetrar nas células. Quando entra na célula, a glicose fornece energia para abastecer o corpo. Uma certa quantidade de glicose não utilizada é armazenada nos músculos e no fígado sob forma de glicogênio. O corpo recorre a esses estoques sempre que os níveis de açúcar no sangue baixam. Quando o estoque de glicogênio está cheio, o excesso de glicose é convertido em gordura.
A proteína também pode ser convertida em energia, mas é uma fonte menos eficiente do que os carboidratos. Embora as gorduras sejam a fonte mais concentrada de calorias, elas, de fato, são menos eficientes do que os carboidratos, pois demoram mais tempo para serem digeridas e metabolizadas.
Apesar de algumas alegações absurdas, vitaminas não fornecem energia. Entretanto, são necessárias para possibilitar muitos dos processos metabólicos que levam à produção de energia.

Sete estratégias para obter bastante energia

Comer de forma a obter o máximo de energia viola várias das “regras” em que costumamos acreditar – por exemplo, que os carboidratos são maléficos, que petiscar é prejudicial e que o açúcar é um bom energético. As seguintes estratégias colocarão você no caminho certo.

1.   Tome café-da-manhã – Esta refeição nos prepara para iniciar o dia. Reabastece o estoque de energia do corpo após um jejum noturno e provê a energia necessária para mantê-lo física e mentalmente alerta. O café-da-manhã aumenta o rendimento físico e de aprendizado. Estudos provaram que crianças que tomaram café-da-manhã se concentram melhor, são mais criativas e se comportam melhor. O mesmo vale para os adultos.



2.    Consuma alimentos ricos em ferro – A anemia ferropriva (carência de ferro) é uma das deficiências nutricionais mais comuns no Brasil. O ferro é essencial para a produção de hemoglobina, o principal componente das hemácias (glóbulos vermelhos). A hemoglobina transporta o oxigênio para as células do corpo, nas quais é usado para a produção de energia e desempenha funções metabólicas essenciais. Se seus estoques de ferro estiverem baixos, os glóbulos vermelhos não poderão fornecer muito oxigênio para as células. As consequências da deficiência de ferro são fadiga, pouca energia e dificuldade de concentração. Os alimentos mais ricos em ferro são as carnes vermelhas, miúdos, cereais com ferro, pães enriquecidos ou integrais, frutas desidratadas, verduras de folhas verdes, feijão, nozes e sementes e melaço de cana. Há dois tipos de ferro nos alimentos: heme e não-heme. O ferro heme, encontrado em carnes vermelhas, fígado e ovos, é mais bem absorvido do que o ferro não-heme presente em cereais enriquecidos, em algumas verduras verde-escuras, no feijão, nas nozes e em algumas frutas desidratadas, como as passas. Você pode aumentar a capacidade do seu corpo de absorver ferro não-heme inerindo o alimento com outro que contenha vitamina C. Por exemplo, se quiser aumentar a absorção de ferro que uma tigela de cereais enriquecidos pode lhe proporcionar, adicione morangos ou tome um copo de suco de laranja.



3.    Coma mais carboidratos complexos – Os carboidratos encontrados em pães, grãos, cereais, frutas, verduras e doces são digeridos e se transformam em glicose de açúcar simples. E é esta glicose que fornecerá o combustível para seu cérebro, músculos e outros tecidos do corpo. Carboidratos complexos de pães e cereais integrais, lentilhas e outros legumes ricos em amido são o combustível ideal, porque são digeridas gradativamente e servem como uma fonte constante de combustível para o corpo e cérebro. Além do mais, fornecem muitas vitaminas, minerais e substâncias químicas vegetais (fitoquímicos) importantes para manter o corpo bem nutrido.

4.    Coma açúcar simples com moderação – Balas e doces, por exemplo, podem lhe dar mais energia rapidamente, mas esse aumento de energia costuma ser seguido de um cansaço ainda maior.

5.    Coma em pequenas quantidades ao longo do dia – Fazer pequenas refeições e/ou lanches ao longo do dia mantém os níveis de açúcar no sangue estáveis. A queda desses níveis é uma das causas mais comuns da fadiga sentida durante a tarde. Refeições menores também ajudam a afastar a sensação de fome. Um almoço no meio do dia abastece o corpo para a parte da tarde. Pequenos lanches também servem como pequenas refeições. Portanto, um sanduíche, uma sopa, queijo, biscoitos salgados, minipizzas, iogurte de frutas ou um caldo de feijão com legumes são nutricionalmente adequados. Mas tente comer menos durante as refeições, se estiver fazendo lanches entre elas.




6.    Hidrate-se – Todas as pessoas precisam de no mínimo seis a oito copos de líquido por dia para se manterem adequadamente hidratadas. Se você fizer exercícios, precisa de uma quantidade ainda maior. A água regula a temperatura do corpo, transporta seus nutrientes e elimina as excreções. A fadiga é sintoma de uma leve desidratação. Infelizmente, não devemos confiar na sede como indicador de carência de líquido e podemos estar levemente desidratados sem saber. Adote o hábito de beber líquidos regularmente, mesmo se não for uma pessoa muito ativa. Os líquidos podem ser água, suco, bebidas isotônicas, limonada, leite, sopas ou alimentos que contêm água, como alface, pepino e frutas.
7.    Modere na cafeína – Uma boa quantidade de sono é fundamental para você se sentir com energia. A cafeína é um estimulante que compete com a adenosina, uma substância que ajuda a induzir o cansaço. Quanto mais cafeína você ingerir, menos adenosina terá para provocar o sono – e você poderá sofrer de insônia.

Atenção: Para aumentar a ingestão de ferro é preciso ter cuidado. Não tome suplementos de ferro sem ter certeza de que você tenha carência deste mineral e não  possa corrigir o problema com uma alimentação apropriada. Ferro em excesso pode causar indigestão e prisão de ventre e doses ainda mais excessivas podem ser tóxicas. Se você acha que está cansado por carência de ferro, consulte um médico primeiro.

O Índice glicêmico

Alguns alimentos ricos em carboidratos são digeridos e absorvidos pelo fluxo sanguíneo rapidamente, ao passo que outros são catabolizados mais lentamente. O Índice Glicêmico é um instrumento desenvolvido para medir como os carboidratos afetam os níveis de açúcar no sangue após serem ingeridos e digeridos.
Alimentos com Índice Glicêmico baixo, como, por exemplo, o pão de centeio ou de centeio integral, arroz integral, aveia, lentilha, inhame, maçã, pera e iogurte elevam os níveis de açúcar no sangue mais lenta e gradativamente, e demoram mais para serem digeridos. Portanto, liberam energia mais devagar, levando a níveis de energia mais consistentes. Alimentos com Índice Glicêmico baixo são mais indicados para o controle de açúcar no sangue em diabéticos e podem ajudar na perda de peso. Alimentos com Índice Glicêmico alto, como pão branco, arroz branco, purê de batatas, cereais em flocos e melancia, são absorvidos imediatamente de forma a obter energia mais rápido. Para atletas e pessoas mais ativas, alimentos com Índice Glicêmico alto podem ser uma fonte rápida de energia para obter um melhor desempenho em esporte de curta duração, ao passo que alimentos com Índice Glicêmico baixo são mais indicados para esportes de resistência.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

Alimentos processados e de conveniência



Os Alimentos processados e de conveniência fornecem refeições à pessoas que não têm tempo para cozinhar. Muitos contêm gordura, sal e calorias em excesso.

Os avanços tecnológicos melhoraram sensivelmente a qualidade e a variedade dos alimentos processados. Refeições pré-cozidas embaladas a vácuo ou congeladas e prontas para ir ao forno de micro-ondas, purê de batatas, mingau e outros cereais instantâneos, comida de bebê em potinho, sopas, sobremesas e misturas para molhos em pacotes são apenas alguns dos alimentos que as pessoas usam para “poupar tempo”. Além deles, existem delicatéssens e restaurantes com comida “pra viagem” espalhados por toda parte.
Alguns críticos culpam a dependência cada vez maior dos alimentos de conveniência, que sempre contêm muita gordura e calorias, pelo fato de que cresce assustadoramente o número de pessoas acima do peso.
O fato é que os alimentos de conveniência chegaram para ficar. Entretanto, qualquer pessoa que adote as regras básicas no que se refere a variedade, moderação e equilíbrio, pode adaptar sua ingestão a uma alimentação saudável e nutritiva.



Alimentos de conveniência

Quase todo mundo consome algum tipo de alimento de conveniência, alimentos que exigem pouco ou nenhum preparo. As opções vão de cereais matinais instantâneos e produtos enlatados e pré-cozidos prontos para esquentar e servir. Em termos nutricionais, alguns desses produtos não se comparam à comida caseira, mas isso varia muito entre os alimentos. Sopas instantâneas contêm alguns legumes desidratados e muito aromatizantes, emulsificantes, aditivos e conservantes artificiais. Já as sopas preparadas em casa ou enlatadas são mais nutritivas e contêm menos aditivos. Normalmente, a maioria dos alimentos de conveniência tem mais açúcar, sal e gordura do que os preparados em casa.
As técnicas de processamento utilizadas podem eliminar as vitaminas e os minerais de alguns alimentos, mas existem algumas exceções em que os alimentos de conveniência são mais nutritivos do que seus equivalentes naturais. Legumes, verduras e muitas frutas colhidas e congeladas rapidamente, no que da estação, costumam ter mais vitaminas do que as que foram colhidas antes de estarem totalmente maduras. Esses são despachados para longe, e depois permanecem um longo tempo nas prateleiras dos supermercados. A maioria dos cereais e dos pães enriquecidos fornece mais nutrientes do que os preparados da maneira tradicional.
As exigências dos consumidores forçaram muitos fabricantes a melhorar a qualidade nutricional de seus produtos, a adicionar ingredientes saudáveis (por exemplo, cálcio no suco de laranja) ou a reduzir o teor de gordura, açúcar e sal em seus produtos. Embora algumas pessoas aleguem que os anúncios de alimentos com baixo teor de gordura, sem colesterol e light possam ser enganosos, um consumidor bem-informado, que sabe decifrar os rótulos dos alimentos, pode fazer opções bastante saudáveis.



O preço da conveniência

A maioria dos alimentos de conveniência é mais cara do que o custo total de seus ingredientes. Para muitas pessoas, entretanto, o custo extra é justificado pela economia de tempo e de trabalho. Ainda assim, os consumidores se preocupam com o valor nutricional de pratos congelados, de barras de cereais e de outros alimentos de conveniência. Para acabar com essas preocupações, atualmente alguns fabricantes estão produzindo alimentos especiais. Alguns deles têm poucas calorias e pouco sal, enquanto outros são projetados para atender às necessidades específicas de alguns grupos de pessoas, como aqueles com determinada alergia alimentar e diabéticos. É importante checar os rótulos e as listas de ingredientes. Além disso, produtos específicos para atender uma alimentação especial normalmente são mais caros de que os produtos comuns, embora seus componentes possam ser similares.
Combinar alimentos de conveniência com ingredientes frescos ajuda a economizar tempo e dinheiro, além de aumentar, também, o sabor e o valor nutricional. Por exemplo, você pode preparar uma refeição saborosa, nutritiva e rápida servindo uma entrada congelada acompanhada por uma salada de folhas frescas e legumes da estação.



Alimentos infantis

A maioria dos pais usa pelo menos um produto de conveniência quando começa a introduzir ingredientes sólidos na alimentação do bebê. Cereais instantâneos e potinhos de purê de frutas, legumes, verduras e carnes são certamente mais fáceis de preparar do que a sopinha feita em casa. Os alimentos de conveniência, que muitas crianças mais velhas preferem, é que são mais duvidosos. Os alimentos favoritos, como cachorro-quente e frio, são geralmente carregados de gordura, sal e conservantes. Os pudins instantâneos têm leite, mas também são ricos em açúcar, gorduras, aromatizantes artificiais e corantes.
Para as crianças, prefira os alimentos frescos. Frango é melhor do que cachorro-quente, iogurte é mais saudável que pudim, cereais de aveia integral ou granola com baixo teor de gordura são uma opção melhor do que os cereais adoçados.

Faça você mesmo alimentos de conveniência

Um número cada vez maior de cozinheiros está descobrindo que pode preparar seus próprios alimentos de conveniência – eles só precisam de um congelador e um pouco de planejamento. Em vez de jogar fora, transforme restos de comida, por exemplo, em uma refeição congelada que pode ser aquecida no micro-ondas dias depois. Essa prática também permite que você tenha controle sobre a quantidade de gordura, sal e outros ingredientes. Se você for prepara uma sopa ou um ensopado, dobre a receita e congele a porção extra. Da mesma forma, compre mais verduras e legumes frescos da estação, e congele-os para usar posteriormente. Certifique-se de datar as embalagens e de usar as mais antigas primeiro.



Dica: Uma salada fresca é o acompanhamento ideal

Ao preparar uma refeição composta basicamente por alimentos processados, como uma lasanha congelada, sempre sirva uma salada de folhas frescas como acompanhamento. Uma salada de folhas frescas fornece inúmeros nutrientes valiosos.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

domingo, 13 de janeiro de 2013

Os benefícios das fibras para a saúde

As fibras ajudam a prevenir a prisão de ventre, aliviam os sintomas de diverticulite e hemorroidas e também podem ajudar a reduzir o câncer de cólon. As fibras solúveis têm um papel importante na redução de níveis elevados de colesterol e também ajudam a controlar o peso.

Atenção:

O consumo excessivo de fibras pode causar distensão abdominal e outros problemas digestivos. Alguns alimentos ricos em fibras podem provocar gases. O excesso de fibras pode interferir na absorção de ferro, zinco e outros minerais.

As fibras alimentares (também chamadas substâncias não-digeríveis usadas na alimentação) presentes nos vegetais são indigeríveis. Os efeitos das fibras são conhecidos desde os tempos bíblicos, mas apenas recentemente os cientistas começaram a entender sua importância na alimentação diária como uma forma de prevenir doenças e preservar a saúde. Embora as fibras não sejam uma poção mágica capaz de prevenir e curar tudo, de câncer a indigestão, as pesquisas sugerem que a alimentação pobre em fibras consumidas pelos países ocidentais industrializados pode contribuir para doenças muito disseminadas como a da artéria coronária, diabetes e doenças do intestino grosso, incluindo o câncer.
Não há uma recomendação diária para fibras, mas muitos nutricionistas sugerem que o consumo seja de 25 a 35 gramas por dia.


Uma alimentação com alto teor de fibras pode baixar o colesterol

Um estudo recente concluiu que acrescentar 10 gramas de fibras solúveis na alimentação foi tão eficiente para baixar os níveis de colesterol quanto reduzir a ingestão de gorduras (menos de 30% de calorias de gorduras). Além disso, a taxa de desistência dos participantes do estudo foi de apenas 13% ao longo de seis meses, o que sugere que as pessoas acharam mais fácil manter uma alimentação rica em fibras do que uma alimentação com baixos teores de gordura.

Alimentos ricos em fibras

A maioria das fibras provém de frutas, verduras, feijões secos, ervilhas e outras leguminosas, linhaça, cereais, grãos, nozes e sementes. A camada externa dos grãos, que contém a maior parte das fibras, é removida na refinação. Isso explica por que os produtos integrais, como arroz integral e pão de trigo integral são boas fontes de fibras.
As fibras são divididas em duas grandes categorias: solúveis e não-solúveis. A maioria das plantas contém as duas fibras, embora determinados alimentos sejam mais ricos em uma do que na outra. As fibras solúveis se dissolvem na água e se tornam viscosas. São encontradas em lentilha, leguminosas, farelo de aveia, aveia, linhaça, psílio, cevada e frutas ricas em pectina como maçãs, morangos e frutas cítricas. As fibras insolúveis não se dissolvem nem com a mastigação, passando através do trato digestivo praticamente inalteradas. São encontradas no farelo de trigo, nos produtos à base de trigo integral, no arroz integral, nas cascas de frutas e nos legumes/verduras como cenouras, brócolis e ervilhas.


Como aumentar o consumo de fibras


  • Coma de cinco a dez porções de frutas, verduras e legumes por dia. Se possível com a casca. 
  • Tome café-da-manhã. Essa refeição é uma das melhores oportunidades de ingerir fibras no dia. Procure comer de 5 a 10 gramas de cereais ricos em fibras, torrada de pão integral e frutas frescas ou secas.
  • Faça lanches com frutas ricas em fibras. Peras, frutas silvestres ou maçãs, e frutas secas como ameixas ou damascos são excelentes lanches ricos em fibras.
  • Sirva os legumes crus ou cozidos ao vapor. Coma legumes e verduras ricos em fibras como milho, ervilhas, batatas (com a casca), batata-doce, brócolis, couve-de-bruxelas e nabo.
  • Coma cereais e pães integrais, massa de trigo integral e arroz integral.
  • Experimente bulgur (trigo para quibe) ou cevada e outros grãos ricos em fibras.
  • Aumente o consumo de cereais. Adicione farelo de cereais a muffins, massa de panqueca, caçarolas, bolo de carne, ou como uma cobertura crocante para pratos de peixe ou de carne.
  • Coma legumes com mais frequência. Tome sopas de lentilha, ensopados ou caçarolas.
  • Coma feijão no almoço. Meia xícara de feijão cozido contém 8 gramas de fibras. Coma uma fatia de pão de trigo integral para mais 2 gramas de fibra e você praticamente atingiu a quantidade de fibras diárias.
  • Coma salada. Adicione nozes, sementes ou grão-de-bico ou feijão-fradinho às saladas.
  • Aprecie produtos assados com grãos integrais. Escolha produtos assados com farinha de trigo integral, farelo, aveia, passas ou semente de gergelim.

O papel das fibras na saúde

Ao percorrer o trato digestivo, as fibras agem como uma esponja, absorvendo muitas vezes seu próprio peso em líquido. O resultado são fezes mais amolecidas e volumosas que passam pelo intestino mais rapidamente e são expelidas mais facilmente, diminuindo a probabilidade de prisão de ventre. Essa passagem rápida também ajuda a evitar distúrbios relacionados ao intestino como a diverticulite e hemorroidas, que podem ocorrer devido à pressão causada por fezes mais endurecidas. Algumas pessoas também alegam que as fibras protegem contra o câncer de cólon ao fazer as fezes passarem mais rapidamente pelo intestino, reduzindo o contato com agentes cancerígenos. Além disso, alguns pesquisadores acreditam que a alta concentração de água nas fezes com alto teor de fibras dilui esses agentes. Entretanto, isso ainda não foi comprovado, e devem existir outras substâncias nos alimentos ricos em fibras que protegem contra o câncer. Dois estudos importantes publicados, em 2003, mostraram que a ingestão elevada de fibra alimentar está associada a um risco menor de câncer colorretal.
Algumas das fibras solúveis - pectina, farelo de aveia e outras - podem reduzir os níveis de colesterol no sangue. Por sua vez, isso reduz o risco de doenças das artérias coronárias e infartos decorrentes de aterosclerose - a formação de placas de gordura nas artérias.


Embora as fibras insolúveis tenham pouco ou nenhum efeito, algumas fibras solúveis também podem ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos. Aumentar o teor de fibras não cura o diabetes, mas a alimentação rica em carboidratos complexos e fibras pode ajudar a controlar o nível de açúcar no sangue de pessoas que sofrem com essa doença.
As fibras dão a sensação de saciedade e, como contêm poucas calorias, ajudam a perder ou controlar o peso. A sensação de saciedade tende a desaparecer rapidamente quando as fibras passam pelo sistema digestivo. A melhor forma de usar a fibra para perder peso é consumir uma alimentação balanceada que também inclua pequenas quantidades de proteína e de gordura em cada refeição. Como o corpo metaboliza a proteína e a gordura mais lentamente que as fibras, a pessoa não sentirá fome tão cedo.

Um pouco de fibra faz uma grande diferença

Uma análise de 67 estudos diferentes concluiu que para cada grama de fibra solúvel que você adiciona a sua alimentação, você pode esperar uma redução de 0,05 mmol/l no LDL-colestrol (o mau colesterol).

Que alimentos têm mais de cinco gramas de fibras?
  • 1/2 xícara de feijão cozido
  • 3/4 de xícara de lentilhas cozidas
  • 1/2 xícara de farelo de cereal 100%
  • 1/2 xícara de amêndoas
  • 10 tâmaras
  • 1/2 xícara de amoras pretas
  • 1 pera
  • 5 ameixas secas
  • 1/2 xícara de framboesas
  • 1/2 xícara de ervilhas verdes



Quanto é demais?

O aumento de ingestão de fibras dever ser gradual. O aumento repentino na alimentação de 10 a 30 gramas por dia, por exemplo, pode provocar sintomas desagradáveis como distensão abdominal ou gases. Consumir uma grande quantidade de fibras de uma só vez pode levar à cólica abdominal ou até à obstrução intestinal, particularmente entre pessoas mais velhas e sedentárias que já têm um intestino preguiçoso.
As cápsulas de fibras e outros tipos de suplementos não são uma boa alternativa, pois não têm os nutrientes e as substâncias encontradas nos alimentos ricos em fibras. É possível que essas substâncias, e não apenas as fibras, também sejam importantes na prevenção a determinadas doenças.
O excesso de farelo de aveia e de outras fibras insolúveis podem inibir a absorção de determinados minerais de forma adequada, particularmente cálcio, ferro e zinco. Isso raramente é um problema e é improvável, a não ser que a ingestão de fibras seja superior a 35 gramas por dia.
As fibras podem ser diretamente anticancerígenas. O farelo de trigo, por exemplo, une-se aos nitritos, impedindo a formação de nitrosaminas que causam o câncer. As fibras também podem evitar que cancerígenos entrem nas células.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Os benefícios da cebola para a saúde

As cebolas verdes são uma boa fonte de vitamina C e betacaroteno. A cebola também ajuda a reduzir o nível de colesterol, reduz a coagulação do sangue, ajuda a baixar a pressão arterial. A cebola também tem um ligeiro efeito bactericida que ajuda a prevenir infecções superficiais, além de os compostos de enxofre presentes na cebola bloquearem substâncias carcinógenos.

Apesar de seus benefícios, a cebola é pobre em nutrientes, além de poder causar inchaço e gases. A cebola crua também dá mau hálito e faz a pele exalar um cheiro pouco agradável.

O mundo está repleto de diversas histórias sobre a cebola - entre elas podemos citar a de Alexandre, o Grande, que alimentava suas tropas com cebola, a fim de fortalecê-las para a batalha. A arte mortuária egípcia está repleta de referências à cebola. Na verdade, nenhuma outra planta é tão representada quanto a cebola. De acordo com documentos hebraicos bem antigos, a cebola foi um dos alimentos de que os judeus sentiam saudade depois da fuga do Egito. E ao longo de toda a História, os curandeiros atribuíram à cebola poderes quase mágicos para curar os mais variados tipos de doenças - de problemas de queda de cabelo até infecções.

As cebolas fazem parte da família das aliáceas, que também inclui o alho, o alho-poró e as chalotas. Há diversas variedades de cebolas e sempre surgem novos tipos. De modo geral, entretanto, as cebolas se dividem em duas categorias: a cebolinha verde, que tem um sabor delicado e cujas folhas e bulbo são comestíveis; e a cebola-de-cabeça, que tem um sabor mais marcante e é recoberta por peles externas mais grossas que são descartadas. As chalotas têm as características da cebola e do alho, mas têm um sabor bem mais suave.
Com tantos tamanhos, formatos e sabores, e com tantas variedades de cebolas e cebolinhas encontradas todo ano, escolher um único tipo de cebola pode ser complicado. As folhas da cebolinha devem ser verde-escuras e crocantes, e seus bulbos devem ser firmes.

Embora se conserve muito bem durante alguns dias na geladeira, a cebolinha verde deve ser usada antes de começar a melar. As cebolas devem estar rígidas, com a casca seca e quebradiça. Descarte qualquer cebola que esteja mole, com manchas pretas (indicando mofo), ou que tenha brotos verdes na parte superior (está já passou em muito do ponto). Deve ter um aroma suave - um cheiro forte acebolado é indício de que a cebola já está começando a estragar. As cebolas devem ser armazenadas em local seco e fresco, protegido da luz, caso contrário podem adquirir um gosto amargo. Não devem ser guardadas perto das batatas, porque liberam umidade e um gás que faz as cebolas estragarem rapidamente.
As cebolas roxas têm um sabor suave e meio adocicado, o que as torna ideais para o preparo de saladas e sanduíches. As variedades de cebola branca e amarela, que têm um sabor mais acentuado, são ideais para o uso culinário, porque ficam macias e adocicadas quando cozidas, e acrescentam um sabor agradável aos outros alimentos. Há uma série de novas variedades de cebolas amarelas mais doces, que normalmente são chamadas pelo nome do lugar onde foram cultivadas pela primeira vez.

Os diversos usos da cebola

A versatilidade da cebola é evidenciada pelos inúmeros modos como é servida: cortadas cruas nas saladas e sanduíches, cozidas em ensopados, sopas e omeletes, assadas, fervidas, refogadas ou em creme e servidas como acompanhamento. As cebolinhas são um ótimo aperitivo se forem servidas cruas junto a outros legumes crus, podem ser picadas e polvilhadas em cima de saladas ou molhos, ou cozidas no vapor e servidas quentes. Prepare um refeição leve com sopa de cebola à moda francesa. Para reduzir as calorias da sopa, use caldo sem gordura e apenas polvilhe um pouco de queijo light.



Benefícios da cebola para a saúde

Geralmente, a cebola é usada mais pelo sabor que acrescenta aos alimentos do que por seu valor nutritivo. Embora a cebola não tenha um teor nutricional tão alto, a parte verde da cebolinha é rica em vitamina C e betacaroteno. Uma xícara de cebola fervida tem aproximadamente 225 mg de potássio.
Pesquisas recentes comprovaram alguns dos benefícios que há anos são apregoados pelas donas de casa. Por exemplo, os antigos curandeiros sempre recomendaram o uso da cebola como tônico para o coração. Os pesquisadores acabaram de comprovar que a adenosina, substância presente na cebola, impede a formação de coágulos, o que ajuda a prevenir infartos. Os estudos também indicam que a cebola protege contra os efeitos obstrutores do colesterol ao aumentar os níveis de HDL, o bom colesterol. Outros estudos também indicam que comer grande quantidade de cebola pode ajudar a evitar a pressão alta.

Os compostos de enxofre encontrados nas cebolas podem provocar mau hálito e um cheiro desagradável na pele. Entretanto, ajudam a combater o potencial carcinogênico de alguns carcinógenos. Além disso, as cebolas contêm determinadas substâncias que produzem um leve efeito bactericida. Esta propriedade pode valorizar um remédio caseiro bem conhecido: esfregar cebola crua em um corte para evitar que infeccione.
Cortar uma cebola permite que seus compostos de enxofre se combinem com enzimas e liberem moléculas voláteis que reagem com a umidade dos olhos, formando ácido sulfúrico. A lágrima é uma reação normal dos olhos para acabar com a irritação. Esse efeito pode ajudar a limpar qualquer passagem nasal congestionada durante um resfriado. Um xarope feito à base de cebola e mel é um antigo remédio para tosse. Mas o consumo de cebola crua pode provocar inchaço e gases em algumas pessoas.

Cebola forte ou doce

As cebolas são encontradas em diversos tamanhos, cores e sabores. As variedades mais comuns são: cebolas amarelas pequenas (cebola pérola), chalotas, yellow field onions, e chalotas banana, cebolas amarelas ainda menores, cebola roxa, cebola branca, cebolas doces grandes e cebolinhas.

Cebola, proteção contra o câncer de pulmão

Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute mostrou a importante correlação entre uma alta ingestão de flavonóides alimentares e uma menor incidência de câncer de pulmão. Dentre os alimentos com alto teor de flavonóides que proporcionam mais proteção podemos citar a cebola, bem como a maçã e o grapefruit (toranja) branco.

Cebola, melhor crua do que cozida

Cozinhar a cebola reduz, de forma significativa, seu teor de dialil sulfito, um fitoquímico anticancerígeno. A cebola crua e fresca é a que mais benefício traz para a saúde. Picar (ou mesmo mastigar) a cebola ajuda a liberar seu potencial fitoquímico.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Os benefícios do amendoim para a saúde

O amendoim contém boa fonte de gorduras monoinsaturadas. Contém também potássio, tiamina, niacina, vitamina E, fósforo, magnésio, cobre, selênio e zinco.

Atenção!

O amendoim pode provocar reações alérgicas. Além disso, o mofo pode contaminar o amendoim e produzir aflatoxinas, que causam câncer.

Apesar do nome, o amendoim não é da família da amêndoa. É um grão da família das leguminosas como as lentilhas e os feijões. O amendoim, embora seja cultivado em regiões tropicais e subtropicais do mundo, é nativo do hemisfério ocidental. Acredita-se que as primeiras plantas de amendoim foram encontradas nos vales andinos da América do Sul. Hoje, os amendoins estão presentes em uma vasta gama de produtos e fazem parte da culinária no mundo inteiro.

O amendoim traz diversos benefícios para a saúde. É uma fonte barata de proteína e rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a reduzir o "mau colesterol" (LDL). Uma porção de 30 gramas de amendoim (um punhado) contém 40 microgramas de ácido fólico, ou 16% da Ingestão Diária Recomendada (IDR), bem como boas quantidades de potássio, tiamina, niacina, vitamina E, fósforo, magnésio, cobre, selênio e zinco. O amendoim também contém resveratrol (a substância encontrada no vinho tinto), além de outros flavonóides e antioxidantes. Uma porção de 30 gramas de amendoim tem aproximadamente 160 calorias, logo, apesar dos benefícios à saúde, devemos comê-los com moderação.
Um número cada vez maior de estudos comprova que os efeitos benéficos do amendoim e das nozes se devem não apenas à sua composição de ácidos graxos, mas a outros nutrientes importantes, especialmente quando substituem alimentos menos saudáveis na dieta.



As nozes têm status de superalimento

Pesquisas demonstram que o amendoim pode reduzir o risco de doenças do coração, quando consumido regularmente. Um estudo recente comprovou que o consumo regular de alimentos ricos em gorduras monoinsaturadas - como o amendoim, a manteiga de amendoim e o azeite de oliva (além de uma alimentação pobre em gordura saturada) - reduz o colesterol em 10%, o colesterol LDL em 14% e o risco de doenças do coração em 21%. O Physicians Health Study e o Iwoa Women's Health Study demonstraram que existe uma relação entre os benefícios cardio-protetores e o consumo de amendoim e nozes.
Comer amendoim e nozes pode reduzir o risco de diabetes tipo 2 nas mulheres, segundo um estudo publicado no Journal of the American Medical Association. A redução do risco foi maior em pessoas que comiam nozes. Aquelas que nunca, ou quase nunca, ingeriam nozes não tiveram alteração no fator de risco, e aquelas que consumiam nozes cinco ou mais vezes por semana tinham um risco 27% menor.
Mulheres que consumiram manteiga de amendoim cinco vezes por semana ou mais tinham um risco 21% menor, se comparadas às mulheres que nunca, ou quase nunca, comiam manteiga de amendoim.

O amendoim também pode ajudar a controlar o peso. O amendoim e a manteiga de amendoim são conhecidos por saciar a fome, proporcionando uma sensação de saciedade por mais tempo do que os alimentos à base de carboidratos.
Um estudo recente mostrou que os participantes demoraram duas horas a mais para sentir fome após terem comido um lanche com amendoins ou manteiga de amendoim, em comparação com apenas 30 minutos, quando fizeram  outros tipos de lanches (como picles e bolinhos de arroz). Os participantes que comeram amendoim e manteiga de amendoim também consumiram menos calorias durante o dia.

As pesquisas também comprovaram que as pessoas que seguiram uma dieta no estilo mediterrâneo, com uma quantidade moderada de gordura, perderam mais peso e conseguiram mantê-lo por mais tempo do que as pessoas que seguiram uma dieta pobre em gordura. A alimentação com gordura moderada incentivou o consumo de gorduras monoinsaturadas como o amendoim, o azeite de oliva e outras nozes.
O amendoim pode provocar reações alérgicas em algumas pessoas. Os sintomas variam de um ligeiro formigamento na boca até urticária e, nos casos mais extremos, levam a choques anafiláticos - uma emergência que pode ser fatal.

Atenção: Mortes por asfixia estão sempre relacionadas a amendoim. Crianças pequenas e pessoas com dificuldade de mastigação não devem comer este tipo de alimento a não ser que sejam triturados.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos