segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Enriqueça sua alimentação com ervas medicinais



Enriqueça sua alimentação com ervas medicinais

Muitas pessoas acham que as ervas medicinais são medicamentos usados apenas por profissionais da medicina alternativa, que não fazem uso das práticas médicas convencionais. Mas, na verdade, a erva medicinal é uma  precursora da farmacologia moderna. Cerca de 1/4 de todos os medicamentos com venda sob prescrição médica tem como ingrediente principal ervas medicinais e outras plantas. Muitos médicos e pesquisadores têm dado cada vez mais atenção aos remédios tradicionais de ervas.
Infelizmente, existem alguns equívocos sobre os benefícios e a segurança das ervas medicinais. Muitas pessoas acham que como os medicamentos a base de ervas medicinais são feitos com ingredientes naturais, são mais seguros do que as drogas sintéticas. Na realidade, esses medicamentos, bem como as versões farmacêuticas, podem causar efeitos adversos. Inclusive, algumas ervas são altamente tóxicas. Além disso, medicamentos à base de ervas medicinais não sofrem os mesmos testes e padrões rigorosos necessários aos produtos farmacêuticos.

Ervas medicinais: uma longa história

Todas as sociedades já tiveram grande confiança no poder curativo das ervas medicinais para tratar doenças e, em algumas culturas, a medicina herbária ainda prevalece. Profissionais da medicina tradicional chinesa e da ayurvedica , por exemplo, continuam a usá-la, embora ela possa ser combinada com tratamentos médicos modernos. Nas sociedades ocidentais, a maioria dos medicamentos é sintetizada, incluindo muitos que foram originalmente produzidos a partir de ervas medicinais. Mas há exceções: a digitális, o medicamento mais antigo e eficaz para o coração, ainda é fabricada a partir da dedaleira; a morfina e a codeína são provenientes das papoulas; e a vincristina, usada para tratar a leucemia, vem da pervinica-branca.

O interesse nas ervas medicinais

O interesse nas ervas medicinais cresceu muito no últimos anos. Os consumidores agora têm grande variedade de suplementos de ervas medicinais à sua escolha, para prevenir ou tratar muitas enfermidades, como doenças cardíacas, câncer, artrite, baixa imunidade, depressão, resfriados comuns e problemas da menopausa. Mas junto a essa grande variedade de opções vem muita confusão. Com as prateleiras lotadas de tantas variedades de produtos, como um consumidor escolhe de forma sensata? Segue abaixo algumas dicas de como escolher produtos a base de ervas medicinais:

  • Cautela. O Fato de as ervas medicinais serem naturais não garante que sejam sempre seguras. 
  • Escolha a forma correta. As ervas medicinais são vendidas de cinco maneiras:
  1. Os chás de ervas medicinais são os mais baratos e brandos. Ótimos para uma digestão deficiente.
  2. As soluções mais fortes de ervas medicinais têm maior prazo de validade e são mais bem absorvidas.
  3. As cápsulas de ervas são convenientes, mas têm prazo de validade curto.
  4. Tabletes camuflam o gosto das ervas, mas use bebidas para diluir o remédio.
  5. Ervas medicinais padronizadas são vendidas de várias formas, mas costumam ser caras. A potência é garantida.
  • Inicie com a dose mais baixa indicada.
  • Chás e soluções de ervas medicinais devem ser ingeridos com o estômago vazio para serem melhor absorvidos.
  • Cápsulas e tabletes devem ser ingeridos durante as refeições.
  • Informe-se. Na dúvida, consulte um médico.
Produtos fitoterápicos populares

A lista de ervas medicinais continua a crescer. As relacionadas a seguir estão ganhando cada vez mais atenção:



Alcaçuz. Estimula a hipófise, reduz inflamações e pode elevar o nível de interferon, uma proteína que combate vírus produzidos pelo sistema imunológico. O alcaçuz é útil para problemas respiratórios, tosses e dores de garganta e tem sido utilizado para tratar fadiga crônica, fibromialgia e outros distúrbios caudados pelos níveis corporais de cortisol, principal hormônio da hipófise. Altas doses podem esgotar as reservas de potássio e elevar a pressão sanguínea (exceto para a forma de alcaçuz chamada DLG).



Aloe vera (babosa). As folhas da babosa liberam um gel calmante, eficaz quando aplicado na pele para tratar queimaduras brandas (como as de sol), machucados, picadas de insetos e ferroadas. Alguns fitoterapeutas recomendam ingerir o suco de babosa como tônico ou para tratar distúrbios digestivos inflamatórios, mas há poucas pesquisas realizadas sobre os efeitos do uso interno da babosa.



Camomila (martricária). Reduz a frequência e a intensidade das dores de cabeça ao bloquear a liberação de prostaglandinas, que dilatam os vasos sanguíneos e causam inflamação.



Cardo-mariano. Popular no tratamento de distúrbios relacionados ao fígado, protegendo-o das toxinas que incluem drogas, venenos e outras substâncias. O cardo-mariano pode ser eficaz em tratamentos de cirrose, hepatite, bem como reduzir lesões decorrentes do abuso de bebidas alcoólicas. Pode promover a regeneração de células do fígado novas e saudáveis.



Equinácea. Alguns preparos feitos com equinácea podem fortalecer a função imunológica e ajudar a reduzir a gravidade de infecções virais, como o resfriado comum. Estudos trazem diferentes resultados sobre a eficácia da equinácea. Há diversas espécies desta planta, e a composição química de um produto será diferente dependendo se as folhas, caules ou raízes foram usadas no preparo. Como a equinácea, de fato, fortalece a função imunológica, indivíduos com doenças auto-imunes, como artrite, esclerose múltipla ou lúpus, podem ter reações adversas a equinácea.



Ginkgo biloba. Estudos recentes mostram que ela aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, braços e pernas, regulando o tônus e a elasticidade dos vasos. Pesquisas em andamento estão tentando confirmar se a capacidade do ginkgo biloba de impedir a coagulação do sangue também ajuda na prevenção de ataques cardíacos e derrames. Como produz um efeito anticoagulante, o ginkgo biloba não deve ser ingerido junto a outros coagulantes.



Ginseng. Há muito tempo, os chineses usam o ginseng para fortalecer o sistema imunológico, abrandar febres e dores, promover a cicatrização de feridas, superar depressões e fadiga e tratar a impotência. Há poucas provas científicas que apoiem essas alegações sobre o ginseng.



Hipérico (erva-de-são-joão). Usado para tratar casos de depressão branda, acredita-se que eleve os níveis de serotonina, que afeta o humor e as emoções. Também pode ser útil para casos relacionados à depressão, como a ansiedade, o estresse, a tensão pré-menstrual, a fibromialgia e a insônia.



Mirtilo (uva-do-monte). O extrato de mirtilo é o remédio fitoterápico mais usado para manter uma vida saudável e tratar vários problemas oftalmológicos, como a degeneração macular, a cegueira noturna e as deficiências visuais decorrentes de exposição à claridade intensa.



Pilriteiro (Crataegus). Usada no passado como diurético e no tratamento de cálculos renais e da bexiga, é hoje um dos medicamentos para o coração mais amplamente receitados na Europa. Tem a capacidade de dilatar vasos sanguíneos, aumentar o fornecimento de energia do coração e melhorar a habilidade de bombeamento cardíaco.



Urtiga branca. Um dos benefícios propiciados pela urtiga branca é sua capacidade de controlar os sintomas da febre do feno, como congestão nasal e olhos lacrimejantes. É uma boa fonte de quercetina, um flavonóide que inibe a liberação de histamina. Também ajuda a eliminar o excesso de líquidos do corpo.

Ervas culinárias

Ervas culinárias não são tão potentes quanto as medicinais, mas podem conferir algum benefício à saúde. Fornecem uma ampla variedade de substâncias fitoquímicas ativas que promovem a saúde e protegem contra doenças crônicas.



Alecrim. As folhas contêm um óleo usado em analgésicos tópicos para aliviar dores musculares. O chá alivia dores de cabeça.



Cebolinha. Estas pequenas parentes da cebola contêm compostos de enxofre que podem baixar a pressão sanguínea, se ingeridas em grandes quantidades.



Coentro. Folhas muito frescas podem ser mastigadas para facilitar a digestão.



Endro. Muito usado em picles, molhos de saladas e pratos de peixe, o endro é também usado para aliviar gases intestinais e o seu chá pode aliviar cólicas em bebês.



Manjericão. Ingrediente básico de muitos pratos, ele também é usado como tônico e contra o resfriado.



Menta. Mastigar as folhas de menta pode refrescar o hálito. O chá de menta é auxiliar digestivo.



Orégano. Cozido como chá, o orégano parece ajudar na digestão e aliviar a congestão.



Salsa. Quando consumida em porções de no mínimo 30 gramas, esta erva contém quantidades úteis de vitamina C (salsa fresca apenas), cálcio, ferro e potássio. Também é rica em bioflavonóides, monoterpenos e outros componentes anticancerígenos.



Sálvia. Seu chá pode ser usado como digestivo, desinfetante oral ou em gargarejos, a fim de aliviar aftas, dores na gengiva ou dores de garganta.



Tomilho. Cozido como chá, pode ser usado para restabelecer o intestino irritável, fazer gargarejos para dores de garganta ou como xarope para tosse ou congestão.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

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