domingo, 14 de julho de 2013

Intolerância à lactose


Intolerância metabólica

A intolerância a lactose, ou seja, a incapacidade de digerir o açúcar do leite, é muito comum. A lactose é o açúcar natural existente no leite e derivados. Precisa ser digerida por uma enzima chamada lactase e transformada em glicose e galactose antes de ser absorvida e aproveitada pelo organismo. Se a pessoa não tem enzimas suficientes para digerir a lactose dos alimentos que ingere, sentirá uma série de sintomas desagradáveis como gases, distensão abdominal, diarreia e cólicas após a ingestão de alimentos que contenham lactose. Isso ocorre porque a lactose não absorvida passa pelo cólon, onde é consumida por bactérias. Os sub-produtos da atividade bacteriana são gases como o hidrogênio e o metano, que são responsáveis pelo desconforto. A doença pode ser diagnosticada pela medição da quantidade de hidrogênio exalado antes e depois da ingestão de lactose. Uma quantidade excessiva de hidrogênio confirma a intolerância à lactose. Com exceção de algumas plantas não-comestíveis, o leite é a única fonte de lactose. Após o desmame, os seres humanos deixavam de ter contato com a lactose; portanto, não precisavam mais da lactase, a enzima que digere o açúcar no trato digestivo. Com a evolução do homem, a lactase foi programada para desaparecer à medida que o leite fosse gradualmente eliminado da alimentação da criança.
Os adultos que conseguem digerir leite são uma minoria na população mundial; 70% da população de origem africana ou asiática apresenta intolerância a lactose parcial ou total à lactose a partir dos 4 anos de idade. Por outro lado, 90% dos povos do norte da Europa continuam a produzir lactase. Este traço genético provavelmente permitiu a seus ancestrais absorver cálcio extra em um hábitat com pouca luz solar para ajudar a desenvolver a vitamina D na pele.

Restabeleça contato com o leite

Mesmo que tenha intolerância à lactose, você pode incluir produtos à base de leite em sua alimentação. Apenas:

  • Comece aos poucos. Comece com 1/4 de xícara de leite e vá aumentando gradualmente a quantidade. Aos poucos, sua tolerância aumentará. Quanto mais evitar o leite, mais intolerante ficará.
  • Beba leite junto às refeições, nunca de estômago vazio.
  • Coma iogurte. As culturas ativas no iogurte o tornam bastante digerível.
  • Beba leite com baixo teor de lactose.


A intolerância à lactose temporária ou permanente pode ocorrer após uma doença que afete as paredes internas do intestino como doenças gastrintestinais, doença celíaca ou inflamações intestinais. Também pode surgir após tratamentos com antibióticos ou medicamentos antiinflamatórios. Em alguns casos, a intolerância a lactose é transitória e desaparece quando o intestino saudável volta ao normal. Em outras casos, a intolerância à lactose é uma "intolerância limítrofe". Isso significa que você pode digerir pequenas quantidades de lactose, porém doses maiores podem causar problemas.
A lactose é encontrada em laticínios, incluindo leite, iogurte e queijo. Também pode ser encontrada como um ingrediente presente em vários produtos alimentícios como biscoito, pães e carnes processadas, salsichas, alguns adoçantes artificiais e até certos medicamentos.
Leia os rótulos dos produtos cuidadosamente e procure descobrir se contêm leite, leite em pó, creme, soro de leite, sabores de queijo, coalho e leite em pó desnatado.

Consuma pequenas quantidades de laticínios

A maioria das pessoas com intolerância à lactose pode consumir leite sem problemas. Também podem consumir se problemas laticínios pasteurizados, como o iogurte, porque as bactérias empregadas na fermentação usam quase toda a lactose como combustível. Para pessoas com intolerância à lactose maior, que ainda assim querem consumir laticínios, as lojas vendem produtos com baixo teor de lactose, e as farmácias oferecem enzimas em gotas que podem ser adicionadas ao leite, ou cápsulas de enzimas que podem ser ingeridas antes da ingestão de laticínios.

Atenção!

Não confunda a intolerância à lactose com alergia a leite, que é uma hipersensibilidade às proteínas presentes nos laticínios. Se você for alérgico a leite, poderá ter uma reação mesmo consumindo produtos com baixo teor de lactose.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Síndrome do intestino irritável

Afligindo aproximadamente 20% das pessoas adultas, a Síndrome do Intestino Irritável (SII) normalmente se caracteriza por contrações musculares anormais no intestino, resultantes de um excesso ou de uma escassez de líquidos no cólon.
Os sintomas variam muito de pessoa a pessoa. Algumas apresentam diarreia, já outras sofrem de cólon espástico, com surtos alternados de diarreia e prisão de ventre, bem como dores abdominais, cãibras, inchaço abdominal, gases e náusea, principalmente após as refeições. Há ainda, outros sintomas como presença de muco nas fezes e a sensação de evacuação incompleta após o funcionamento do intestino. Algumas pessoas também se queixam de cansaço, ansiedade, dores de cabeça e depressão.
Não existem exames para comprovar a ocorrência da SII, que é diagnosticada depois que foram descartadas a colite, o câncer e outras doenças. Embora a síndrome possa ser provocada por uma intolerância ou uma alergia alimentar, ainda não existe uma causa específica. Pode ser intensificada por estresse e por problemas emocionais, mas não é um distúrbio de fundo psicológico. Fatores alimentares podem ter um papel importante e exacerbar ou acalmar a síndrome.
Pesquisas recentes indicam que talvez a causa da síndrome seja um crescimento bacteriológico anormal no intestino. Em um dos estudos, 78% dos portadores de SII tinham um crescimento anormal de bactérias no intestino delgado, e metade dos pacientes ficou curada da síndrome tomando antibióticos que controlaram o desequilíbrio.

Portadores da síndrome devem aprender a relaxar

É comum que o estresse exacerbe os sintomas da síndrome do intestino irritável. Portanto, é muito importante empenhar-se para aprender técnicas de relaxamento como meditação, ioga e biofeedback. Um psicoterapeuta poderá ajudar você a identificar os fatores de estresse da sua vida e a desenvolver melhores métodos para administrá-lo. O exercício físico pode ser uma boa terapia para portadores da síndrome, porque ajuda a reduzir o estresse. Pode também normalizar a função intestinal, caso haja prisão de ventre.

Caçando os agressores

O primeiro passo para aprender a controlar os sintomas da SII é identificar os alimentos prejudiciais. Manter um diário no qual se registra todos os episódios da SII, tudo o que se comeu, bem como as situações de estresse pode ajudar a identificar os possíveis culpados. Seu diário também deve contar com anotações sobre qualquer remédio ingerido, inclusive os suplementos. Um médico deve analisar esse diário para ajudar a identificar os principais fatores.

Dica

Tome uma ou dua pílulas de óleo de hortelã

Há muito tempo, a hortelã é um remédio usado para acalmar o trato digestivo. Para aliviar a SII, inúmeros adeptos da medicina natural recomendam tomar uma ou duas cápsulas de óleo de hortelã entre as refeições. No entanto, o óleo não deve ser tomado por pessoas que tenham a doença do refluxo ácido.

Mudanças na alimentação

Como a SII difere muito de pessoa a pessoa, é essencial desenvolver um regime personalizado para tratar os sintomas. Para começar, evite os alimentos que lhe são prejudiciais.
Faça várias refeições pequenas por dia em vez de refeições grandes. Isso pode ajudar a reduzir as contrações do cólon e a diarreia.
Coma devagar. Comer rápido aumenta a ingestão de ar, que promove gases intestinais irritantes. Além disso, os alimentos mal mastigados podem ser difíceis de digerir.
Beba muita água. Para manter um bom nível de líquidos, beba pelo menos de seis a oito copos de água ou de outro líquido por dia. Mas evite álcool e cafeína, pois irritam o intestino.
Evite os alimentos gordurosos. A maioria dos médicos desaconselha o consumo de frituras e de alimentos gordurosos, porque a gordura é o nutriente mais difícil de digerir. Muitas pessoas evitam comer alimentos que produzam gases.
Controle seu consumo de fibras. Produtos integrais e outros alimentos ricos em fibras podem ser um problema para os portadores de SII que sofram de diarreia crônica. Por outro lado, se o problema for prisão de ventre, a recomendação é uma alimentação rica em frutas, verduras e legumes frescos, pães e cereais integrais, nozes e sementes e outros alimentos com alto teor de fibras. Evite usar laxantes sem interrupções, pois eles podem acarretar problemas de deficiências vitamínicas e nutricionais.
Evite o açúcar e o álcool. Sorbitol, lactilol, manitol e maltitol, substitutos do açúcar, são usados em uma variedade de alimentos e podem desencadear os sintomas da SII em alguma pessoas. Em outras, a lactose presente nos laticínios e a frutose podem exacerbar os sintomas.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

Infecção urinária


Também conhecida como cistite, a maioria das infecções do trato urinário (ITU) afeta a bexiga, mas algumas também podem atingir os rins, os ureteres (tubos que levam a urina para a bexiga) e a uretra (canal pelo qual a urina é expelida). Os sintomas mais frequentes são uma necessidade urgente de urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia. O ato de urinar pode ser seguido de dor ou ardência e, nos casos mais graves, um pouco de sangramento. Pode, também, haver um pouco de febre e dor na região lombar inferior.
A maioria das infecções urinárias é provocada pela bactéria E. coli, organismo que vive no trato intestinal, mas que pode se alojar na bexiga. A clamídia, um organismo transmitido sexualmente, também pode ser responsável pelas ITU. As mulheres são mais propensas a infecções urinárias, porque a uretra feminina é mais curta do que a dos homens, e sua localização oferece uma porta de entrada bastante conveniente para as bactérias. Muitas mulheres desenvolvem a cistite de lua-de-mel, uma inflamação causada pela atividade sexual ou por uso de um diafragma de tamanho exagerado.

Dica: 

Beba sucos de frutas silvestres

Um estudo feito na Finlândia acompanhou 150 mulheres que tinham infecção urinária, mas não tomavam antibióticos. Descobriu-se que ao dar a estas mulheres um copo de suco de cranberry-lingonberry por dia, durante seis meses, reduziu de forma significativa a reincidência de ITU em comparação a um outro grupo de mulheres que recebiam placebo. Um outro estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition, mostrou que o consumo de frutas silvestres, principalmente framboesa, cranberry, morango e suco de groselha, de uma a três vezes por semana, estava relacionado com uma redução na reincidência de ITU, em comparação a beber sucos de frutas silvestres menos de uma vez por semana. Este mesmo estudo mostrou que as mulheres que consumiam laticínios fermentados, que contêm bactérias probióticas (como iogurte com lactobacillus ocidophillus) , também tiveram o risco reduzido.

O papel da alimentação

Os antibióticos são necessários para tratar as infecções urinárias bacterianas, mas a alimentação pode acelerar a cura e ajudar a prevenir a reincidência da doença.

  • Os médicos aconselham beber no mínimo oito a dez copos de líquidos por dia, com o objetivo de aumentar o fluxo de urina e eliminar o material infeccioso.
  • Evite café, chá, refrigerantes de cola e bebidas alcoólicas, porque estas bebidas aumentam a irritação da bexiga. Algumas pessoas acham que comidas condimentadas também afetam o trato urinário.
  • O suco de cranberry é um remédio caseiro, e é aprovado por pesquisas. O cranberry e o mirtilo contêm algumas substâncias que aceleram a eliminação da bactéria, ao evitar que fiquem grudadas nas paredes da bexiga.
  • A vitamina C ajuda a fortalecer o sistema imunológico, a combater a infecção e a acidificar a urina. O cálcio pode ajudar a reduzir a irritabilidade da bexiga.
  • O consumo de probióticos pode ser um bom aliado, pois inibem o crescimento de microrganismos que causam as ITU. Essas bactérias benéficas, encontradas em alguns iogurtes, também estimulam o crescimento da flora propícia no corpo, que pode ser prejudicada por uma terapia à base de antibióticos.
Táticas preventivas adicionais

Algumas precauções de higiene podem ajudar as mulheres a evitar a reincidência de ITU. Muitos médicos recomendam os seguintes procedimentos:
  • Use calcinhas largas e de algodão branco e meia-calça com ganchos de algodão.
  • Se usar diafragma, peça para seu médico indicar o tamanho certo. Um diafragma um pouco acima do tamanho adequado pode irritar a uretra e a bexiga.
  • Urine e tome um copo de água antes do ato sexual, e urine no máximo uma hora depois para limpar o trato urinário.
  • Depois de evacuar, limpe-se com movimentos de frente para trás, para reduzir o risco de levar bactérias do ânus para a uretra.
Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

terça-feira, 9 de julho de 2013

Indigestão e azia


Quase metade dos adultos sofre ocasionalmente de má digestão, mas algumas sofrem diariamente deste mal.     O sintoma mais frequente de má digestão é a azia, uma dor e uma queimação no peito que ocorre quando há refluxo dos ácidos do estômago e de outros conteúdos para o esôfago. Diferentemente do estômago, as paredes do esôfago não possuem uma camada protetora que produza muco, logo os ácidos provocam irritação e até úlcera. Obesidade e gravidez podem provocar azia devido ao aumento da pressão intra-abdominal, que tende a forçar os fluídos do estômago de volta para o esôfago. Outra possível causa deste problema é a hérnia de hiato.
Normalmente, a azia provocada por um fluxo pode ser controlada com algumas mudanças no estilo de vida. A começar pela adoção de uma alimentação sem muitas gorduras que equilibre proteínas, amido, legumes, verduras e frutas ricas em fibras (alimentos gordurosos demoram mais a serem digeridos e, consequentemente, reduzem a velocidade de esvaziamento do estômago). Café, mesmo descafeinado, assim como chá, refrigerantes de cola e outras fontes de cafeína aumentam a produção de ácidos. O mesmo efeito pode ter frutas e sucos ácidos. Não existem provas de que alimentos muito condimentados - exceção feita à pimenta-do-reino e a pimenta vermelha moídas - causem indigestão, mas as pessoas que após comerem uma refeição com alimentos condimentados sentirem um certo desconforto devem evitar esses condimentos. O refluxo piora com alimentos como chocolate ou hortelã, que relaxam o músculo esfíncter que liga o esôfago ao estômago.
Evite refeições grandes, principalmente no final do dia. Tente não comer duas horas antes de dormir. Procure ficar sentado depois das refeições. A posição deitada aumenta a pressão no estômago e provoca o refluxo. Pare de fumar. A nicotina relaxa o músculo esfíncter. Controle o álcool, limitando-se a uma taça de vinho ou a um copo de cerveja, esporadicamente.

O uso de antiácidos sem orientação médica para tratar da azia por meio da neutralização dos ácidos do estômago é bastante questionável. O problema não é o excesso de ácido, mas ácido no lugar errado. Se você acha que estes medicamentos ajudam, siga as recomendações e nunca faça um uso prolongado. "Bloqueadores da bomba de prótons", como o omeprazol, são medicamentos muito eficazes para tratar do refluxo de ácidos.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Grapefruit (Toranja)

Saboroso e nutritivo - é fácil entender por que o grapefruit não é mais servido apenas no café-da-manhã. Meio grapefruit fornece mais do que 90% da Ingestão Diária Recomendada (IDR) de vitamina C para um adulto e também fornece 175 mg de potássio e 1 mg de ferro. As variedades rosa e vermelha são ricas em betacaroteno, que é convertido pelo corpo em vitamina A.

Atenção!

Não se deve tomar determinados medicamentos com suco de grapefruit. Compostos presentes no suco podem potencializar os esfeitos da droga, que provocam alguns efeitos adversos. Entre esses remédios estão a felodipina, um medicamento para baixar a pressão, bem como drogas para controlar a ansiedade, a depressão, a pressão alta, os lipídios elevados e outros. Como precaução, é melhor evitar tomar qualquer remédio com suco de grapefruit até ter perguntado a seu médico ou farmacêutico se é seguro fazê-lo.

Uma xícara de suco de grapefruit, sem açúcar, contém 95 mg de vitamina C, mais de 200% da IDR e a grande maioria dos demais nutrientes encontrados na fruta fresca. Antigamente, muitas pessoas descartavam o suco de grapefruit sem açúcar devido a sua acidez, mas podemos preparar um um suco natural muito saboroso e sem açúcar, ao optar pelas variedades rosa e vermelha.
Ao longo dos anos, diversas dietas da moda alegaram que o grapefruit é excepcional para queimar gorduras. Essa alegação é infundada, nenhum alimento é capaz dessa proeza. As pessoas que seguem a dieta do grapefruit emagrecem, porque não comem quase mais nada - prática que pode levar a deficiências nutricionais. Mesmo assim, o grapefruit é um ótimo alimento que deve fazer parte de qualquer bom programa de emagrecimento. Uma porção contém menos de 100 calorias, e seu alto teor de fibras sacia a fome.

Benefícios no consumo de grapefruit (Toranja):

  • Excelente fonte de vitamina C e de potássio.
  • As variedades rosa e vermelha contêm betacaroteno e licopeno, poderosos antioxidantes.
  • O grapefruit possui poucas calorias.
  • O grapefruit contém bioflavonóides e outras substâncias vegetais que protegem contra o câncer e as doenças do coração.
Desvantagens:
  • Pode desencadear uma reação alérgica nas pessoas sensíveis a frutas cítricas.
  • O suco de grapefriuit pode afetar a eficácia de alguns medicamentos.

Os grapefruits têm um alto teor de pectina, uma fibra solúvel que ajuda a reduzir o colesterol. Além disso, pesquisas recentes mostraram que os grapefruits contêm outras substâncias que previnem contra doenças. Os grapefruits rosa e vermelho, por exemplo, são ricos em licopeno, um antioxidante que, aparentemente, reduz o risco do câncer de próstata. Os pesquisadores ainda não conseguiram descobrir como funciona o mecanismo do licopeno, mas um estudo feito ao longo de seis anos em Harvard, que envolveu 48.000 médicos e outros profissionais da área da saúde, relacional a ingestão semanal de dez porções de alimentos enriquecidos com licopeno a uma redução da ordem de 50% no câncer de próstata.

Em vez da variedade branca, compre os grapefruits rosa ou vermelho. Os grapefruits rosa e vermelho têm alto teor de licopeno, um antioxidante relacionado a um menor risco de câncer de próstata.

Outas substâncias químicas protetoras encontradas nos grapefruits são ácido fenólico, que inibe a formação das nitrosaminas que causam o câncer; limonóides, terpenas e monoterpenas, que induzem a produção de enzimas que ajudam a prevenir o câncer; e bioflavonóides, que inibem a ação dos hormônios que promovem o crescimento do tumor.Algumas pessoas que sofrem de artrite reumatóide, lúpus e outras doenças inflamatórias descobriram que comer grapefruit todos os dias, aparentemente, ajuda a aliviar os sintomas destas doenças. Talvez isso se dê porque os fitoquímicos bloqueiam as prostaglandinas que causam a inflamação.
 Provavelmente as pessoas que são alérgicas a outras frutas cítricas também terão algum tipo de reação ao grapefruit. A sensibilidade talvez seja provocada pela fruta em si ou por um óleo presente na casca.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

domingo, 7 de julho de 2013

Goiaba


A goiaba é uma fruta tropical pequena oriunda do México e da América Central. Atualmente, é nativa do Caribe e da América do Sul, e é cultivada na Flórida, na Califórnia, no Havaí, no sudeste da Ásia e em partes da África. A fruta pode ser redonda, oval, com formato de pêra e pode variar de 2,5 a 10 cm de diâmetro. A casca fina pode ter uma cor que varia do verde-amarelado ao amarelo-claro e tem um gosto ligeiramente amargo. A cor da polpa pode variar de rosa escura  amarela, vermelha ou branca. As goiabas maduras são doces e exalam um aroma forte, que lembra um pouco o abacaxi ou a banana.
As goiabas contêm quase o dobro a mais de vitamina C do que a laranja. Uma goiaba média contém 165 mg de vitamina C, comparado com 75 mg da laranja fresca. Uma goiaba também contém 256 mg de potássio e 5 g de fibra, principalmente na forma de pectina, uma fibra solúvel que reduz o colestrol do sangue e auxilia as funções digestivas. A goiaba também é uma boa fonte de ácido fólico, fósforo e caroteno.
Aproximadamente, metade da goiaba é recheada com sementes duras e pequenas. As sementes da goiaba podem ser consumidas, embora algumas pessoas prefiram retirá-las. Se forem ingeridas, fornecem mais fibras e menor quantidade dos mesmos nutrientes encontrados na polpa.

Romeu e Julieta

É como é conhecida uma tradicional sobremesa mineira que agrada o paladar de brasileiros e turistas estrangeiros. A sobremesa é a simples combinação de uma fatia de goiabada - doce sólido ou pastoso feito da goiaba - e uma fatia de queijo-de-minas.

Benefícios no consumo de goiaba:

  • Excelente fonte de vitamina C.
  • Alto teor de pectina e de outros tipos de fibras dietéticas solúveis.
  • Contém boas quantidades de potássio e de ferro.
Desvantagem:
  • Os sulfitos presentes nas goiabas secas podem provocar uma crise de asma ou uma reação alérgica em pessoas suscetíveis.

Goiaba, uma fruta versátil

Como cada fruta fresca tem apenas 60 calorias, a goiaba é uma sobremesa prática, gostosa e que não engorda. Basta cortar a fruta ao meio, remover as sementes e servir a polpa. Borrifar um pouco de suco de limão por cima cria um ótimo contraste com seu sabor adocicado. Também pode-se remover as sementes, cortar a fruta em pedaços e servir em uma salada de frutas. O suco de goiaba com frutas cítricas ou com laranja é uma deliciosa bebida refrescante, ou uma sopa fria de verão. As goiabas verdes, levemente ácidas para serem comidas cruas, podem ser batidas no liquidificador com caldo de carne sem gordura, a fim de fazer um molho com baixas calorias para carnes e aves.

Procure por goiabas frescas em seu período de safra, que vai de janeiro a maio. Ao comprá-las, selecione sempre  fruta firme, mas não dura. A fruta está madura quando a casca cede um pouco a o ser pressionada. Como qualquer outra fruta, a goiaba fica mais saborosa quando amadurece no pé, mas as frutas verdes amadurecem em temperatura ambiente. Guardar a fruta em um saco de papel marrom junto a maçãs ou bananas acelera o processo de amadurecimento.
A cada dia, os supermercados oferecem mais produtos à base de goiaba - geleias, goiabada, goiaba cristalizada, polpa, goiaba seca. A goiaba em calda também é fácil de ser encontrada, mas geralmente é prepara com muito açúcar. A goiaba seca costuma ser preparada com sulfitos, que podem provocar reações alérgicas em pessoas suscetíveis. As goiabas desidratadas são moídas até virar pó, e adicionadas a sorvetes, balas e sucos de fruta para aumentar o sabor destes produtos.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

sábado, 6 de julho de 2013

Geleias e pastas


As geleias foram criadas há muito tempo como uma forma de conservar frutas que, de outro modo, iriam estragar rapidamente. Quando são conservadas, as frutas não se decompõem, por que perdem a água necessária à proliferação dos microrganismos. Pode-se evitar a formação de bolor na superfície vedando-se as geleias caseiras com uma camada de parafina impermeável.
As frutas cozidas em açúcar se transformam em gel, devido à interação dos ácidos nelas existentes e da pectina, uma fibra solúvel extraída das células das frutas por meio do cozimento. Maçãs, uvas e a maioria das frutas silvestres contêm um alto teor de pectina natural. Outras frutas, como o damasco e o pêssego, precisam desta substância. É necessário adicionar uma pectina especial que exige menos açúcar e menor nível de acidez para preparar geleias de baixa caloria e com pouca quantidade de açúcar. Frequentemente, estes produtos são adoçados com sucos concentrados de frutas e engrossados com amido.
Quanto ao valor nutricional, não há comparação entre as geleias e as frutas frescas, por que grande parte da vitamina C e de outros nutrientes presentes nas frutas é perdida com o cozimento demorado. Embora as compotas de frutas contenham quantidades significativas de pectina - uma fibra solúvel que ajuda a controlar os níveis de colestrol no sangue -, essa vantagem é neutralizada por seu alto teor de açúcar. Entretanto, os açúcares simples fazem da geleia um fonte de energia rápida.



Pasta de amendoim

A maior parte do amendoim cultivado na América do Norte é moída e transformada em pasta de amendoim. Depois de moído é fácil transformar o amendoim em pasta, devido ao alto teor de gordura, mas o óleo fica rançoso rapidamente em contato com o oxigênio e a luz. Diversos tipos de pasta de amendoim à venda são preparadas com conservantes e estabilizantes. Em sua preparação, também são adicionados açúcar e sal. Podemos evitar estes últimos ingredientes comprando pasta de amendoim fresca preparada somente com o amendoim. O óleo que fica na parte superior do pote pode ser eliminado para reduzir o teor de gordura. A pasta de amendoim deve ser guardada em um recipiente de vidro na geladeira, porque o ambiente escuro evita a perda das vitaminas B, e o frio retarda a separação do óleo. As pastas de amendoim que não se separam geralmente contêm óleo vegetal hidrogenado. Isto significa que têm um alto teor de ácidos graxos trans, que fazem mal ao coração.
A pasta de amendoim pode ser uma excelente fonte de nutrientes para as crianças, que precisam de um pouco mais de gordura alimentar para ter um crescimento e um desenvolvimento sadios. Uma colher de sopa tem aproximadamente 95 calorias, 5 g de proteína, 8 g de gordura polinsaturada e quantidades significativas de vitamina B, de cálcio, de potássio e de magnésio, bem como 100 mg de sódio e traços de ferro e zinco.



Benefícios no consumo de geleias e pastas:

  • Geleias e compotas contêm açúcares simples que são uma rápida fonte de energia.
  • Manteiga de amendoim é uma boa fonte de proteína, vitaminas B e sais minerais.
Desvantagens:
  • As geleias são menos nutritivas do que as frutas frescas.
  • A manteiga de amendoim tem alto teor de sódio e de gordura.
  • Outros tipos de pastas industrializadas normalmente têm pouco valor nutritivo, mas têm alto teor de sódio e de gordura, além de serem caras.



Outras pastas

As prateleiras do supermercado estão abarrotadas com diversos tipos de pastas, desde produtos derivados de queijo processado até pastas de amendoim aromatizadas com chocolates e também com marshmallow batido. A maioria dos produtos à base de queijo oferece pequenas doses de vitamina A e de cálcio, mas tem um alto teor de sódio, gordura e colesterol. As pastas de chocolate e de marshmallow oferecem apenas calorias.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos