segunda-feira, 29 de abril de 2013

O arroz de cada dia

Arroz, alimentando o mundo

Há milhares de anos, o arroz é o alimento básico de mais da metade da população do mundo. Em alguns países asiáticos, o consumo per capita excede 135 kg por ano, e sua sobrevivência ainda depende da safra de arroz. Já o brasileiro consome, em média, 45 kg de arroz por ano.
Como a cevada e a aveia, o arroz cresce dentro de uma casca protetora, que tem que ser removida para se utilizar o grão como alimento (o trigo e o milho exigem menos processamentos). Muitos nutrientes se perdem, como o farelo e os germes, pois são removidos no processo de moagem para obter o arroz branco. O arroz integral, que consiste em caroços intactos que retêm suas camadas de farelo, tem um valor nutritivo maior do que o arroz branco. No entanto, também contém ácido fítico, uma substância que interfere com a absorção de cálcio e ferro.
Como é um carboidrato refinado, o arroz branco é digerido rapidamente, eleva os níveis de açúcar no sangue e fornece energia, mas tem menor valor nutricional e um menor conteúdo de fibras do que o arroz integral. O índice glicêmico (IG) é um padrão usado para avaliar o impacto dos carboidratos no corpo; quanto menor o índice, melhor. Uma porção de 140 g de arroz branco cozido pode ter um IG d até 72. A mesma quantidade de arroz integral tem um IG de 50, que está no patamar inferior. Embora seja verdade que alguns tipos de arroz branco processado sejam enriquecidos ou fortificados com ferro e vitaminas do grupo B depois de refinados, muitos do nutrientes são perdidos para sempre. Além disso, o enriquecimento é normalmente aplicado à parte externa do grão. Lavar o grão antes de cozinhá-lo remove esses nutrientes. O arroz deve ser cozido em um volume de água que represente o dobro do seu volume. Essa água será absorvida pelos grãos, garantindo a preservação do conteúdo nutricional.

O arroz parboilizado é processado por um método tradicional há 2000 anos: o grão inteiro é parboilizado, o que deixa a casca solta e, desse modo, facilita a moagem. O processo de parboilização melhora a qualidade nutricional do grão ao fazer com que as vitaminas B do farelo e do gérmen permeiem oi endosperma. Também endurece a gordura e a camada de nutriente que contém aleurona, que então adere ao grão em vez de ser perdida com o farelo. Graças a essa técnica, a deficiência de tiamina, também conhecida como beribéri, nunca foi uma série ameaça para os povos da Índia e do Paquistão, embora tenha atingido o povo asiático que subsistia com arroz branco não parboilizado.  O arroz de saquinho não deve ser confundido com arroz parboilizado, que leva pelo menos o mesmo tempo para cozinhar que os outros tipos de arroz.

Valor nutricional do arroz

Noventa por cento das calorias do arroz provêm de carboidratos. Meia xícara de arroz branco contém aproximadamente de 80 a 100 calorias, ao passo que o arroz integral pode ter de 105 a 110. O arroz integral é significativamente mais fibroso, com 1,6 g de fibras por meia xícara, em comparação a 0,03 g da mesma quantidade de arroz branco.
O arroz integral também contém um teor maior de selênio, vitamina E, magnésio, fósforo e manganês. O valor proteico do arroz, que varia de 2 a 2,5 mg por meia xícara, é menor do que o de outros cereais, mas o equilíbrio de aminoácidos é superior ao de outros grãos. O arroz processado contém apenas um traço de gordura e nenhum sódio.

Benefícios do arroz para a saúde

O arroz tem efeito aglutinador na diarreia e, por isso, faz parte da dieta BRAT (a sigla em inglês para banana, arroz, suco de maçã e torrada). Ele ajuda a restaurar a função intestinal e fornece a energia necessária para a fase de recuperação da diarreia. O mingau de arroz com leite desnatado e aromatizado com canela é um prato leve e de fácil digestão para pessoas em fase de convalescênça.

Você sabia?

Saquê é na verdade um tipo de cerveja. O vinho de arroz, ou saquê, é um tipo de cerveja fermentada com um mofo que secreta enzimas que digerem o amido durante seu crescimento no arroz. O saquê tem um teor alcoólico muito elevado. Diferentemente das cervejas ocidentais, que são bebidas geladas, o saquê não tem espuma e é servido morno.

O arroz é de fácil digestão e hipoalergênico. É por isso que o arroz é um componente importante de muitos alimentos infantis industrialmente.

Diversos estudos mostraram que o farelo de arroz ajuda a baixar o colesterol e pode reduzir o risco de câncer intestinal. Alguns estudos também mostram que o arroz integral ajuda a regular o metabolismo da glicose em diabéticos. Como um carboidrato complexo não-refinado, o arroz provê um fornecimento lento e estável de glicose, e não a rápida elevação que ocorre após a ingestão de açúcares ou de arroz branco refinado.

Assim como cordeiro e outros alimentos, o arroz raramente, ou quase nunca, provoca reações alérgicas. Essa qualidade o torna a base ideal de uma dieta alimentar de exclusão, algumas vezes necessária para identificar alérgenos alimentares.

Alguns fatos sobre o arroz


  • A parte externa mais nutritiva da semente do arroz é removida, e serve de alimento para o gado, enquanto o arroz é processado.
  • Grãos de arroz quebrados são usados para fermentar cerveja.
  • Celebramos um antigo símbolo asiático de fertilidade, quando jogamos arroz sobre os noivos na saída da igreja.

Arroz, uma matéria-prima versátil

O arroz é a base do planejamento de um cardápio. O risoto, feito com caldo sem gordura e legumes, e o pilafe à base de caldo sem gordura, nozes e similares picadas e frutas secas, são entradas econômicas, nutritivas e com baixo teor de gordura. O arroz é um dos ingredientes dos cereais matinais frios ou quentes. Serve também de base para saladas, e é um bom acompanhamento para legumes, verduras, peixes, carnes e queijo. O creme de arroz também dá volume a produtos de confeitaria.

Variedades de arroz

O arroz é classificado por seu tamanho e por seu formato (grão longo, médio e curto). O arroz de grão longo permanece seco e soltinho depois de cozido; o arroz de grão curto, que é mais úmido e grudento, é o mais usado na culinária asiática e caribenha.
O arborio é o arroz italiano com textura cremosa e de grão médio, usado para preparar risoto, porque permanece firme no centro durante um longo período.
O basmati é um arroz aromático nativo do Paquistão e da Índia. Quando cozido, o grão incha apenas no comprimento. O arroz basmati fica seco e soltinho, e é ideal para preparar pilafe.
O jasmim é um arroz aromático originário da Tailândia. Tem uma textura suave, úmida e os grãos são grudentos.
O arroz selvagem, primo distante do arroz comum, é uma grama nativa dos lagos e pântanos da região dos Grandes Lagos (EUA). Antigamente, era colhido na natureza pelo índios Chippewa. Atualmente, é cultivado comercialmente e colhido com máquinas. O arroz selvagem contém mais proteínas que o arroz comum e é rico em lisina, o aminoácido ausente na maioria dos grãos.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

domingo, 28 de abril de 2013

Os alimentos antioxidantes

Alimentos antioxidantes

Pesquisas recentes sobre suplementos antioxidantes apresentaram resultados conflitantes, mas uma coisa é certa: uma alimentação rica em alimentos antioxidantes é uma opção inteligente. Existem centenas de estudos relacionando frutas, verduras e legumes ricos em antioxidantes a um menor risco de doenças cardíacas, câncer e muitas outras doenças. Mas por que frutas, legumes e verduras são tão saudáveis? Será pela presença de alguns componentes específicos encontrados nos produtos vegetais ou devido a uma combinação de nutrientes? Ou é por que pessoas que comem muitas frutas, legumes e verduras comem menos carne, ou em geral ingerem menos calorias? De qualquer maneira, a teoria dos antioxidantes merece ser investigada.
Como o fogo precisa de oxigênio para não se extinguir, cada célula do nosso corpo precisa de um fornecimento constante de oxigênio para obter energia dos alimentos digeridos. Mas esse consumo de oxigênio também tem um preço. Ele produz radicais livres, que são moléculas instáveis que podem prejudicar as células saudáveis. Os radicais livres são altamente reativos porque contêm um elétron ímpar, e os elétrons preferem andar aos pares. Portanto, esses radicais livres procuram uma molécula da qual possam roubar um elétron. Assim, a vítima molecular sai em busca de um elétron para satisfazer sua deficiência e, então, se estabelece no organismo uma reação em cadeia que resulta na geração de mais radicais livres. A molécula que perdeu elétrons é chamada de "oxidada".
Embora todas as células saudáveis produzam pequenas quantidades de radicais livres, existem diversos outros fatores que podem estimular sua formação no corpo humano, como radiação (inclusive raios X), fumaça de cigarro, álcool e poluentes ambientais. O excesso de radicais livres pode danificar o DNA e outros materiais genéticos. O sistema imunológico do corpo busca e destrói essas células mutantes, da mesma forma que elimina bactérias invasoras e outros organismos estranhos. No entanto, esse mecanismo diminui com a idade, e o corpo se torna cada vez mais vulnerável aos danos causados pelos radicais livres.
Os antioxidantes são moléculas que interagem para estabilizar os radicais livres, prevenindo os danos que podem ser causados por eles. Pesquisadores identificaram centenas de antioxidantes nos alimentos que ingerimos, inclusive as vitaminas C, E, selênio e carotenóides como betacarotenos e o licopeno. Existem inúmeros outros fitoquímicos (substâncias químicas derivadas de plantas), como os famosos polifenóis do chá e do vinho, que possuem propriedades antioxidantes.
Com o decorrer do tempo, sem as ações neutralizadoras dos antioxidantes, o dano que os radicais livres pode causar às células pode se tornar irreversível, levando a um câncer. Os antioxidantes também podem prevenir doenças do coração ao impedir a oxidação do LDL, o mau colesterol. Na verdade, é o colesterol oxidado que danifica as artérias. Existem centenas de estudos relacionando dietas ricas em antioxidantes a menores riscos de câncer e doenças cardíacas, assim como a outras doenças degenerativas.



Possíveis efeitos prejudiciais da suplementação de antioxidantes

Ainda não está claro qual é o efeito da suplementação de antioxidantes na saúde. Testes clínicos aleatórios em larga escala ainda não chegaram a conclusões consistentes. Em cinco testes clínicos separados que estudaram os efeitos dos suplementos de antioxidantes sobre o câncer na última década, os resultados variaram de uma incidência reduzida de câncer gástrico, a um possível aumento na taxa de câncer de pulmão ligada à ingestão de antioxidantes.
Recentemente, a U.S. Preventive Services Task Force investigou mais de 24 dos últimos estudos sobre o uso de antioxidantes para reduzir os riscos de câncer e de doenças cardíacas, e publicou suas conclusões. Os dados levaram o coordenador da pesquisa a concluir que as pessoas que tomavam suplementos de antioxidantes com o único propósito de prevenir doenças cardíacas ou câncer "estavam basicamente produzindo uma urina cara". Pesquisadores da Cleveland Clinic Foundation estudaram essas pesquisas que examinaram a relação entre doenças cardiovasculares e vitaminas antioxidantes. Compilaram-se os resultados e descobriu-se que a vitamina E não trazia benefício para as pessoas que sofriam de doenças cardiovasculares, e que suplementos de betacaroteno aumentavam ligeiramente esses riscos.



Pesquisas em andamento sobre os antioxidantes

Embora os resultados recentes tenham sido desanimadores, a pesquisa continua. É possível que embora a Vitamina E não seja de nenhuma valia para tratar doenças cardiovasculares já existentes, ela ajude a evitar que se desenvolvam. Existem muitos testes que estão analisando o efeito da suplementação de antioxidantes nas doenças degenerativas, e os resultados são esperados par um futuro breve. Talvez os antioxidantes tenham um efeito mais forte em outras doenças.



O poder dos antioxidantes

Pesquisadores investigaram e identificaram, literalmente, centenas de fitoquímicos antioxidantes em nossos alimentos, de vitaminas a pigmentos, que protegem contra doenças. E a lista não pára de crescer. A seguir, apresentamos os principais:

  • Vitamina C: Protege contra doenças cardíacas, catarata, degeneração macular e alguns tipos de câncer. É encontrada em frutas cítricas, tomate, melão, morango, kiwi, pimentão vermelho doce e brócolis.
  • Vitamina E: Pode ajudar a prevenir doenças cardíacas, câncer de próstata e desacelerar a progressão do Alzheimer. É encontrada em nozes e similares, sementes, óleos, frutas, legumes e verduras.
  • Carotenóides (Betacaroteno): Protege contra o câncer, particularmente o câncer de pulmão e doenças cardíacas. Pode ser encontrado em legumes de cor laranja e folhas verde-escuras, cenoura, batata-doce, abóbora, damasco, pêssego, melão, brócolis, couve e espinafre.
  • Luteína (Zeaxantina): Protege contra degeneração macular. Pode ser encontrada em hortaliças de cor verde-escuras, milho, pimentão, espinafre, couve e laranja.
  • Licopeno: Pode proteger contra câncer de próstata, de pulmão e doenças cardíacas Pode ser encontrado no tomate, grapefruit (Toranja) rosa e melancia.
  • Flavonóides (Antocianidinas): Protege contra o câncer. Pode ser encontrado no mirtilo, cerejas, cranberries (Oxicoco), amoras-pretas, groselha-preta, ameixas e uvas vermelhas.
  • Hesperidina: Protege contra doenças cardíacas e câncer. Pode ser encontradas em frutas e sucos cítricos.
  • Isoflavonas: Protege contra doenças cardíacas e câncer. Podem ser encontradas na soja, legumes e amendoim.
  • Quercetina: Protege contra doenças cardíacas e câncer. Pode ser encontrada na cebola, maçã, frutas silvestres, uvas vermelhas, couve, brócolis e vinho tinto.
  • Selênio: Pode proteger contra cânceres de próstata, cólon e pulmão. Cereais integrais, nozes, acelga, cebola, alho, aves, frutos do mar e carne.
  • Co-enzima Q10: Pode reduzir o risco de doenças cardíacas. Trabalha junto com a vitamina E. Pode ser encontrada em todos os alimentos vegetais e animais.

A vantagem de se obter antioxidantes dos alimentos

Por enquanto, qualquer pessoa que tome suplementos com quantidades de nutrientes superiores a IDR deve consultar um médico, principalmente se estiverem tomando outros remédios. Doses elevadas de vitamina E, por exemplo, podem interferir na coagulação do sangue e aumentar o risco de hemorragia. Alguns antioxidantes também podem reduzir a eficiência de medicamentos à base de estatina, tomados para reduzir os níveis de colesterol.
Os resultados de pesquisas até hoje reforçam que os alimentos ricos em antioxidantes continuam sendo a melhor fonte de nutrientes.

Atenção!

Fumantes que toma suplementos com altas doses de betacaroteno, na verdade, aumentam suas chances de desenvolver câncer de pulmão - afirmam dois grandes estudos médicos.
Pesquisas em andamento continuam a enfatizar que todas as pessoas devem obter os benefícios dos antioxidantes da maneira tradicional - comendo futas, legumes e verduras.



Os 10 mais entre frutas, legumes e verduras antioxidantes

Medidas por meio do teste ORAC, que se refere à Capacidade de Absorção dos Radicais de Oxigênio (Oxygen Radical Absorbance Capacity) - um teste usado para medir o poder antioxidante total dos alimentos e de outras substâncias químicas. Quanto mais alto for o fator ORAC, maior sua capacidade antioxidante. Este é um teste laboratorial e sua relevância para a alimentação ainda não está clara. Demonstrar que uma substância neutraliza os radicais livres em um tubo de ensaio e mostrar que evita alguma doença são duas coisas diferentes.

Medidas ORAC para 100 ml

Frutas

Ameixa seca.....................5770                        
Uva-passa........................2830                        
Mirtilo..............................2400                        
Morango..........................1540                        
Framboesa.......................1220                      
Ameixa.............................949                          
Laranja.............................750                          
Uva..................................739                          
Cereja..............................670                          
Kiwi.................................602  

Legumes e verduras                      

Couve..............................1770
Espinafre..........................1260
Couve-de-bruxelas...........980
Brócolis............................890
Beterraba..........................840
Pimentão vermelho............710
Cebola..............................450
Milho................................400
Berinjela............................390
Cenoura.............................210

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

Alimentos funcionais, enriquecidos para sua saúde


O poder dos alimentos funcionais

A relação entre alimentação e saúde continua a aumentar, e os pesquisadores começaram a estudar os benefícios que determinados alimentos podem fornecer além do seu valor nutricional básico. Nos últimos anos, houve um interesse crescente pelos alimentos funcionais - alimentos que têm componentes específicos, que ocorrem naturalmente ou são adicionados, e que podem reduzir os riscos de determinadas doenças. Alimentos integrais, bem como os fortificados, enriquecidos ou aditivados, pertencem a essa categoria.
Alimentos integrais não-modificados como as frutas, os legumes e as verduras são o exemplo mais simples de um alimento funcional. Por exemplo, o brócolis, a cenoura ou o tomate são considerados alimentos funcionais porque são especialmente ricos em alguns compostos que foram vinculados a uma redução nos riscos de diversas doenças. Alimentos modificados, inclusive os fortificados com nutrientes ou enriquecidos com determinados fitoterápicos ou extratos botânicos, também são alimentos funcionais. Espera-se que esses alimentos possam desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento de doenças como câncer, diabetes, pressão alta, doenças cardíacas, artrite e outras.



Na dúvida, escolha os alimentos funcionais naturais

Enquanto os pesquisadores e a indústria alimentícia continuam a procurar novas formas de vincular os produtos alimentícios à prevenção e ao tratamento de doenças, lembre-se de que a natureza fornece os alimentos funcionais em abundância. Sabemos que frutas, legumes e verduras, assim como grãos integrais, legumes, nozes e sementes são exemplos de alimentos nutritivos carregados de fitonutrientes que podem reduzir o risco de câncer, doenças do coração, hipertensão e muitas outras doenças crônicas. Não importa o que o futuro possa trazer em relação aos alimentos funcionais, você não correrá o risco de errar se optar pelo básico.
Alguns alimentos funcionais fortificados estão no mercado há muito tempo. Por exemplo, fortificamos o leite e a margarina com vitamina D para evitar doenças relacionadas à deficiência desta vitamina - como o raquitismo - , e adicionamos iodo ao sal, para prevenir gota. Mas a recente onda de pesquisas sobre o papel dos alimentos e nutrientes despertou o interesse da indústria alimentícia em desenvolver e comercializar alimentos com se fossem remédios. Por exemplo, nos Estados Unidos, produtos como cereais com adição de psyllium para reduzir o colesterol, chá com erva-de-são-joão para melhorar o humor, e salgadinhos com kava-kava para promover o relaxamento são facilmente encontrados hoje em dia nas prateleiras dos supermercados. Como esses produtos não são controlados, o consumidor não tem como saber qual teor do suposto "ingrediente ativo". Os especialistas da fitoterapia alegam que a adição de ervas a produtos como refrigerantes e petiscos é uma tentativa de explorar o interesse crescente das pessoas pela medicina alternativa.



Algumas definições

  • Alimentos funcionais: Alimentos ou componentes alimentares que demonstram ser benéficos na redução do risco de doenças crônicas além das suas funções básicas de nutrição. Outros termos que têm sido usados como sinônimos de alimentos funcionais são alimentos protetores, alimentos medicinais e farma-alimentos
  • Alimentos fortificados: Um tipo de alimento funcional que é incrementado ou fortificado com nutrientes ou outros componentes alimentícios, para ajudar a prevenir e tratar doenças. Suco de laranja fortificado com cálcio é um exemplo de limento fortificado. Os alimentos fortificados podem ser chamados de alimentos enriquecidos ou aditivados.
  • Nutracêuticos: Produtos isolados dos alimentos e vendidos como remédios para ajudar a prevenir ou tratar de doenças, como ômega-3, ácidos graxos ou fitoestrógenos.


Existe uma grande controvérsia em relação aos alimentos funcionais. Alguns acreditam que os alimentos funcionais podem desviar as pessoas de seguirem uma alimentação saudável. Outros criticam os fabricantes por estarem fazendo alegações que, na maioria dos casos, têm pouca ou nenhuma sustentação científica. Há pessoas que acreditam que existem proas suficientes para mostrar que determinados alimentos funcionais poderiam ser a resposta para reduzir a prevalência de doenças crônicas e os custos dos tratamentos. Apesar da enorme controvérsia, o grande interesse do consumidor pelos alimentos funcionais provavelmente irá estimular o desenvolvimento deste mercado. Veja a seguir uma lista de alguns componentes alimentícios que são foco de pesquisas atuais:

Ácidos graxos ômega-3

Foram vinculados ao tratamento e à prevenção de uma ampla gama de doenças, inclusive doenças cardíacas, derrame, lúpus, diabetes, doenças intestinais inflamatórias, artrite e cânceres de mama, cólon e próstata. Dentre os alimentos que contém ácidos graxos ômega-3, podemos citar peixes gordurosos, óleos de peixe e semente de linhaça. Atualmente, alguns ovos também contêm este componente alimentício.

Proteína da soja

Pesquisas confirmam a importância da proteína da soja na redução dos níveis de colestrol no sangue. Ainda não se sabe ao certo se o efeito é causado pelas isoflavonas (estrógenos naturais) da soja ou por alguns outros componentes - talvez esteróis. As isoflavonas estão sendo estudadas atualmente por suas potenciais propriedades anticancerígenas. Elas também podem proteger contra a osteoporose. A proteína da soja pode ser encontrada em uma variedade de alimentos à base de soja, inclusive grãos de soja, tofu e bebidas de soja.

Probióticos e prebióticos

Probióticos são culturas de bactérias ativas que podem ajudar a restaurar a função intestinal e melhorar a reação imunológica. São encontradas no iogurte e em outros produtos fermentados. Os prebióticos são substâncias que estimulam o crescimento de bactérias benéficas específicas no cólon. Os frutoligossacarídeos (FOS) e a insulina, ambos encontrados na raiz da chicória, são bons exemplos. Eles podem ser extraídos da raiz e adicionados a produtos processados.

Luteína

Este carotenóide (um tipo de oxidante) foi vinculado à degeneração macular relacionada ao envelhecimento, a principal causa da perda de visão em pessoas idosas. Está presente em alimentos como ovos, milho, espinafre, kiwi, laranjas, brócolis e acelga.

Psyllium

Nos Estados Unidos, o psyllium está sendo adicionado a cereais e outros alimentos por causa de sua fibra solúvel que reduz o colestrol.

Aveia

A aveia tem sido amplamente estudada por sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol. Contém uma fibra solúvel, conhecida como beta-glucan, capaz de reduzir o colesterol.

Estanóis e esteróis

Estes compostos que reduzem o colestrol, derivados de óleos de madeira, estão sendo adicionados a algumas margarinas.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

sábado, 27 de abril de 2013

Cuidado com a anemia

A anemia

A anemia é o termo geral usado para descrever distúrbios caracterizados pela incapacidade do glóbulos vermelhos de transportar oxigênio suficiente. Isso pode ocorrer devido a uma anormalidade no nível de hemoglobina, o pigmento vermelho presente no sangue constituído de ferro e proteína, que transporta oxigênio dos pulmões para todas as células sanguíneas. Os sintomas da anemia, portanto, refletem a falta de oxigênio no organismo. Na anemia leve, esses sintomas podem variar de fraqueza geral, palidez e fadiga e unhas quebradiças. Casos mais graves são caracterizados por falta de ar, desmaio e arritmia cardíaca.

Anemia por deficiência de ferro

O tipo mais comum de anemia é provocado por uma carência de ferro, que normalmente é ocasionada por algum tipo de perda de sangue. Frequentemente, pacientes cirúrgicos, vítimas de acidente, pessoas com úlceras perfuradas ou determinados tipos de câncer, ou pessoas com sangramento no nariz sofrem de anemia por deficiência de ferro. Na verdade, um exame de sangue que aponta uma deficiência de ferro faz o médico investigar a possibilidade de câncer de cólon. Mulheres com longos períodos de menstruação, especialmente adolescentes, correm o risco de ter anemia, assim como crianças pequenas, pessoas que fazem dietas crônicas, mulheres atletas, maratonistas ou vegetarianos radicais. Mulheres grávidas têm predisposição à anemia devido à demanda do bebê em desenvolvimento e da placenta



Cozinhe em panelas de ferro

Cozinhe tomate se outros alimentos ácidos em panelas de ferro, pois adicionam grande quantidade da substância aos alimentos. Ao preparar 120 ml de molho de tomate em uma panela normal, obtêm-se 0,7 mg de ferro. Já preparar esta mesma quantidade em uma panela de ferro acrescenta mais 5 mg ao molho - as panelas de ferro podem fazer com que os alimentos percam a cor, mas o gosto fica inalterado.

Outros tipos de anemia

A anemia hemolítica ocorre quando os glóbulos vermelhos do sangue são destruídos mais rápido que o normal. A causa pode ser hereditária ou proveniente de uma série de doenças - inclusive leucemia e outros tipos de câncer, função anormal do baço, distúrbios autoimunes e hipertensão grave.
A anemia perniciosa ou megaloblástica é causada pela deficiência de vitamina B12 necessária para produzir os glóbulos vermelhos do sangue. Os ácidos do estômago liberam vitamina B12 da proteína dos alimentos. Esta vitamina então se une a uma substância chamada fator intrínseco, possibilitando que a B12 seja absorvida pela corrente sanguínea. Isso significa que você pode desenvolver uma deficiência de vitamina B12 se seu estômago produzir uma quantidade insuficiente de ácido.



Pessoas mais idosas podem precisar de suplementos

Até um terço dos adultos mais velhos produzem níveis inadequados de ácido no estômago, e não conseguem mais absorver adequadamente a vitamina B12 dos alimentos. Pessoas acima dos 50 anos devem atender sua necessidade de B12 consumindo alimentos fortificados com esta vitamina ou tomando suplementos dela. A vitamina B12 é encontrada apenas em produtos animais e, portanto, os vegetarianos radicais correm risco de adquirir anemia e devem consumir alimentos fortificados e/ou tomar suplementos. O óxido nitroso (gás hilariante) interfere no metabolismo da vitamina B12  e pessoas que abusam dessa substância na busca de um "barato" mostram sinais de deficiência de vitamina B12, que foi revertida quando elas tomaram os suplementos.
A deficiência de ácido fólico, outra vitamina do complexo B, também pode causar anemia em mulheres grávidas (que geralmente precisam de ácido fólico extra para o feto que está em desenvolvimento), em alcoólatras e em pessoas de mais idade.
Tipos relativamente raros de anemia incluem a talassemia, um distúrbio hereditário, e a anemia aplástica, que pode ser causada por infecção, por exposição a substâncias químicas tóxicas, por radiação ou por distúrbio genético.



Qual a quantidade necessária de ferro?

O corpo humano recicla o ferro a fim de produzir novos glóbulos vermelhos. Ainda assim, o corpo perde uma média de 1 mg para os homens e 1,5 mg para as mulheres nos anos reprodutivos. O corpo absorve apenas uma pequena quantidade de ferro da alimentação. Portanto, a IDR pede um consumo maior do que foi perdido: 8 mg por dia para homens e mulheres que já passaram da menopausa, 18 mg para mulheres com menos de 50 anos e 27 mg para mulheres grávidas. As pessoas que têm anemia relacionada à nutrição podem se beneficiar ao consultar um bom médico ou um bom nutricionista.

Para evitar a anemia coma bastante:
  • Miúdos, carne bovina, aves, peixes e gema de ovo por causa do ferro e da vitamina B12.
  • Ervilha e feijão secos, tâmaras, passas, damasco seco, nozes e outros frutos secos, sementes e melado de cana-de-açúcar - todos são boas fontes de ferro não heme.
  • Pães e cereais enriquecidos com ferro.
  • Frutas cítricas e outras boas fontes de vitamina C, como suco de laranja, que aumenta a absorção de ferro pelo organismo.
  • Verduras de folhas verde-escuras, lentilhas e feijões, aspargos, milhos e grãos enriquecidos devido ao ácido fólico.
Controle o consumo de:
  • Farelo de cereais, espinafre, ruibarbo, acelga, chocolate e chá, porque prejudicam a absorção de ferro
Atenção!

Não tome suplementos de ferro a não ser que um exame de sangue tenha comprovado que você tem uma deficiência deste mineral. Excesso de ferro pode ser perigoso. Estima-se que quase  10% da população sofre de hemocromatose não diagnosticada, ou a doença do "excesso de ferro". Para essas pessoas, os suplementos de ferro podem acarretar resultados catastróficos.

As melhores fontes de ferro são os produtos derivados de animais - carne, peixe, aves e gema de ovo. O corpo absorve muito mais do ferro heme encontrado nesses alimentos do que do ferro não-heme encontrado nas fontes vegetais - como verduras de folhas verde-escuras, frutas secas, soja e outros legumes, nozes, sementes, pães e cereais enriquecidos com ferro. Os vegetarianos radicais ou as pessoas que utilizam alimentos vegetais para obter ferro precisam aumentar muito sua ingestão desse tipo de alimento, já que o ferro contido neles não é bem absorvido pelo corpo. Acrescentar alimentos ricos em vitamina C a uma refeição vegetariana pode aumentar a absorção de ferro não-heme de outros alimentos quando ingeridos na mesma refeição.

Corredoras, cuidado!

Mulheres atletas e corredoras de maratona devem incluir uma dose extra de ferro em sua alimentação.



Cuidado com os compostos naturais do chá, chamados de taninos

Eles podem se aliar ao ferro e fazer com que não possa ser absorvido. É  melhor tomar o chá entre as refeições e não durante. os alimentos ricos em oxalatos como espinafre e ruibarbo, acelga e chocolate, assim como is fitatos encontrados nas nozes, em alguns legumes e em farelos de cereais, também podem se aglutinar com o ferro e evitar que o mineral seja usado pelo corpo.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O alho e seus benefícios

Alho, mais do que um simples condimento

Há milhares de anos, os fitoterapeutas e adeptos da medicina caseira vêm usando o alho para tratar inúmeras moléstias. Os antigos curandeiros egípcios prescreviam o alho para aumentar a força física, já os gregos usavam o alho como laxante e os chineses, tradicionalmente, usavam o alho para controlar a pressão. Na Idade Média, acreditava-se que comer grandes quantidades de alho protegia contra a peste. Mas o fato de o alho ser utilizado há muito tempo não significa que ele vem sendo usado de forma eficiente. Pesquisas recentes esfriaram o otimismo provocado por estudos anteriores sobre os benefícios do alho.
Louis Pasteur, o grande químico francês do século XIX, foi o primeiro a demonstrar as propriedades antissépticas do alho, que foram exploradas durante as duas Grandes Guerras pelos exércitos da Inglaterra, da Alemanha e da Rússia. Desde então, numerosos estudos confirmaram que o alho pode ser eficaz contra bactérias, fungos, vírus e parasitas. Atualmente, muitos adeptos da fitoterapia prescrevem o alho para ajudar a prevenir resfriados, gripes e outras doenças infecciosas.



O estudo do alho

O alho foi intensamente estudado nos últimos anos, sendo que mais de 500 trabalhos sobre o assunto foram publicados em jornais médicos desde meados dos anos 1980. Grande parte desses estudos tratou dos compostos de enxofre que são formados quando a alicina sofre uma série de reações químicas. A alicina não é encontrada no alho fresco, mas se forma quando as células são agitadas pelo cozimento, corte ou mastigação. Foram associados ao ajoeno (ou ajocisteína), ao sulfeto dialil, à S-alil cisteína (SAC) e a outros subprodutos da alicina os efeitos anticancerígenos, anticoagulantes, fungicidas, anti-hipertensivos, antioxidantes e a queda de colesterol.
Alguns suplementos de alho exageram seu "teor" de alicina. Esse teor não é preciso, porque a alicina é uma substância instável. Embora não seja totalmente correto, é melhor falar "rendimento de alicina" ou "potencial de alicina". Geralmente, os fabricantes determinam o "rendimento" ao misturar comprimidos amassados com água, para medir a quantidade de alicina liberada. Esse não é um modelo adequado para o que acontece no corpo.

Atenção!

Alho e produtos com azeite. Embora muitas pessoas gostem de guardar alho picado em azeite, isso não é recomendado. Essas conservas podem ser potencialmente perigosas, se o alho não foi muito bem limpo. Quantidades diminutas de matéria terrosa podem armazenar esporos do Clostridium botulinum - bactéria que pode germinar e causar botulismo, uma forma fatal de envenenamento alimentar. Isso pode ocorrer sem qualquer evidência - de que o alho esteja estragado. Compre apenas temperos comerciais que contenham conservantes como sal ou ácidos.

Os suplementos de alho devem ser protegidos do contato com o ácido do estômago, pois destruiriam imediatamente a aliinase, impossibilitando a liberação de alicina. Isso é feito geralmente encapsulando o comprimido em gelatina ou cobrindo-o com celulose ou derivados de ácido poliacrílico, que apenas se dissolve nas condições menos ácidas do intestino.
Se o alho realmente tem alguma propriedade terapêutica, isso só poderá ser determinado por meio de testes feitos em pessoas. Talvez seja importante saber que alguns extratos de alho podem retardar a oxidação do colesterol nas células, mas isso não significa que isso ocorra dentro do corpo. Numerosos estudos sobre os efeitos do alho na saúde vêm sendo realizados. Pesquisas preliminares sugeriam que o alho tem o poder de reduzir o colestrol, e isso foi muito propagandeado. Infelizmente, estudos mais sofisticados deram um banho de água fria no otimismo inicial.
Quando pesquisadores analisaram os resultados dos estudos sobre o alho, descobriram, para sua grande decepção, que sua capacidade de reduzir o colestrol era mínima, e o efeito na pressão sanguínea, insignificante. Ainda assim, algumas empresas continuam anunciando suplementos baseados nos estudos iniciais.



Efeito do alho em doenças do coração

Embora não reduza o colestrol, o alho pode provocar algum efeito nas doenças do coração. O ajoeno, um dos produtos da decomposição da alicina, pode reduzir o risco de ataques do coração ao prevenir a formação de coágulos sanguíneos.

Estudos promissores sobre o alho e o câncer

O quadro e mais animador em se tratando do câncer, talvez porque a maioria dos estudos investigou o efeito do alho cru e do alho cozido, e não os suplementos. Uma metanálise mostrou que o consumo de aproximadamente seis ou mais dentes de alho por semana reduziu em 30% o risco de câncer colorretal, e em 50% de câncer no estômago, em comparação ao consumo de menos de um dente de alho por semana. Até mesmo o risco de câncer de próstata pode ser reduzido. Um estudo desenvolvido pelo National Cancer Institute com homens em Xangai mostrou que comer um dente de alho por dia reduziu o risco da doença em 50%. Entretanto, existe uma advertência nesse tipo de estudos. O consumo de certos alimentos é determinado pelo preenchimento de questionários, e a maioria das pessoas talvez não seja  muito confiável. Além disso, o consumo intenso de alho pode ser apenas um indício de uma dieta basicamente vegetariana.
Não existe consenso sobre a quantidade de alho que deve ser consumida para se beneficiar de seus efeitos anticancerígenos, bem como não se chegou a um consenso sobre o alho cozido ou seco traz os mesmo benefícios do alho cru. No entanto, parece claro que, para ativar todo seu poder nutricional, o alho deve ser amassado ou picado, e deve ficar repousando por dez minutos antes de cozinhar. Isso permite que a alicina e seus potentes derivados sejam ativados.



Alho, um antibiótico comestível

O alho contém compostos que agem como poderosos e naturais agentes bactericidas, antivirais e fungicidas. Já foi comprovado que o alho inibe fungos que causam pé-de-atleta, infecções vaginais e diversos casos de infecção de ouvido. Pode ser tão eficaz no combate a determinados fungos quanto medicações fungicidas. Estudos laboratoriais demonstraram que o extrato de alho pode neutralizar a Helicobacter pylori, a bactéria que causa a maioria das úlceras. (entretanto, ainda não foi comprovado se o alho causa esse efeito no corpo)

Tratando do hálito de alho

Embora não exista qualquer garantia de que o alho seja benéfico para a saúde, podemos garantir que tem um efeito sobre o hálito. Comer salsinha talvez ajude a reduzir o cheiro desagradável do alho, provavelmente devido a seu teor de clorofila. O alho pode causar indigestão, especialmente se ingerido cru. Manusear o alho pode irritar a pele e as mucosas. O alho (tanto fresco como seus suplementos) pode potencializar o resultado de medicações que afinam o sangue.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

Alface e outras saladas verdes

Benefícios no consumo de alface e outras saladas verdes

A salada verde é um prato essencial para um jantar saudável. Embora muitas verduras possam ser utilizadas, a alface é de longe o ingrediente mais popular. A alface é o segundo alimento vegetal mais vendido nos supermercados, sendo superada apenas pelas batatas. São duas as principais razões para a sua popularidade: pessoas preocupadas com a saúde estão consumindo mais frutas, legumes e verduras, e graças à refrigeração moderna e ao transporte de alimentos, a alface e outras folhas verdes próprias para salada de baixo custo são atualmente encontradas durante todo ano.
Vigilantes do peso têm predileção especial por saladas - elas têm poucas calorias mas satisfazem, já que têm um alto teor de fibras. Infelizmente, uma salada verde grande que contêm 50 calorias pode ser muito mais calórico do que um bife, se for encharcada com molho cremoso rico em gordura. Existem, entretanto, diversas alternativas de molhos saborosos com baixos teores de gordura - vinagre de ervas misturado com azeite de oliva, ervas com suco de limão ou iogurte desnatado misturado com alho, salsicha picada e suco de limão.



Boa nutrição

Alguns tipos de alface e outras folhas verdes contêm grandes quantidades de betacaroteno, ácido fólico, vitamina C, cálcio, ferro e potássio, mas as quantidades variam consideravelmente de um tipo para o outro. Em geral, as verduras de folhas escuras ou outras folhas de cor intensa têm um teor mais elevado de betacaroteno e vitamina C do que as variedades mais pálidas. A alface romana, por exemplo, tem cinco vezes mais vitamina C e mais betacaroteno e ácido fólico do que a alface crespa.
Folhas verdes como rúcula, chicória, escarola, eva-benta e agrião são mais nutritivas do que a alface. Muitas pessoas também as acham mais saborosas, e são cada vez mais fáceis de serem encontradas em restaurantes e mercados. Quando acrescentadas à salada de alface e a outros tipos de saladas verdes, verduras como chicória, escarola e agrião, que são levemente amargas, dão-lhes um sabor interessante e um contraste de textura.



A rúcula, membro da mesma família vegetal dos brócolis, couve e outras verduras crucíferas, assume um sabor picante e penetrante - quando cultivada durante os meses da primavera e do outono - e um gosto mais semelhante ao da mostrada - quando colhida durante o verão. A salada verde que apresentamos a seguir é uma das mais nutritivas: uma porção de 2 xícaras dessa salada tem mais cálcio do que a maioria das outras saladas, e é uma rica fonte de vitamina C, betacaroteno, ferro e a´cifo fólico - tudo isso com apenas 12 calorias. O agrião, outra verdura crucífera, também é um campeão de nutrição: 1 xícara contêm apenas 5 calorias, mas fornece 15 mg de vitamina C e 45 mg de cálcio. Alfaces e verduras de cores intensas também têm alta concentração de bioflavonóides - pigmentos vegetais conhecidos por se aliarem com a vitamina C - e outros antioxidantes para prevenir o dano celular que pode desencadear câncer.
A alface e outras folhas verdes podem ser misturadas ou combinadas com inúmeras frutas frescas, legumes, massa fria, pedaços de frango ou atum para preparar um prato altamente nutritivo de baixa caloria. O espinafre cru é muito usado nas saladas, embora alguns de seus nutrientes sejam mais facilmente absorvidos quando cozidos. Uma salada de espinafre fornece boas quantidades de betacaroteno, ácido fólico, vitamina C e cálcio.



Tipos de folhas verdes

Existem dezenas de variedades diferentes de alface, e listamos abaixo algumas das variedades mais comuns. Prepare sua salada com uma variedade de folhas verdes, para elevar a ingestão de fibras e os níveis de antioxidantes.

  • Agrião - Cresce em leitos de córregos durante o final do inverno e início da primavera. Tem um sabor aguçado e é utilizado também como guarnição ou em sopas.
  • Alface americana - Alface crespa de cabeça compacta. Seu valor nutritivo é inferior ao de outras variedades de alfaces e folhas.
  • Alface-de-cordeiro - Tem folhas pequenas e delicadas. Essa verdura, muito valorizada, pode ser encontrada em delicatessens.
  • Alface de folha solta - Inclui alfaces de ramos ou folhas verdes ou roxas, assim como outros tipos que não formam cabeças.
  • Alface lisa - A mais consumida, com folhas soltas, macias e de sabor suave.
  • Alface romana - Tem folhas verde-escuras, longas e crespas que formam uma cabeça de folhas soltas. É utilizada em receitas de saladas como a salada Caesar.
  • Chicória e escarola - Verduras semelhantes, com sabor amargo. São nutritivas, mas não muito utilizadas devido ao seu sabor intenso.
  • Endívia belga - Prima ligeiramente amarga da chicória, é plantada sob uma cobertura de terra para produzir uma cabeça pequena de folhas amarelo-claras ou brancas. Oferece textura e sabor interessantes às saladas e pode ser refogada ou cozida no vapor e servida quente.
  • Rúcula - Assemelha-se ao dente-de-leão, tem um sabor forte e é mais saborosa quando cultivada em baixas temperaturas.


Use azeite em sua salada

Prepare a sua salada com uma variedade de folhas verdes ricas em betacaroteno como agrião, chicória e escarola, e um pouco de vinagre temperado, suco de limão e azeite. O azeite aumenta a absorção de betacaroteno, que desempenha importante papel na prevenção de câncer e perda de visão.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O alcoolismo

O que é o alcoolismo?

O alcoolismo é definido como o ato de beber de forma crônica, chegando a interferir na vida pessoal, familiar e profissional de alguém. Embora beber ocasionalmente não seja prejudicial ao indivíduo, é importante reconhecemos que é muito fácil exagerar no álcool.

O que pode fomentar o alcoolismo

Predisposição genética, comportamento aprendido e experiências na infância - inclusive maus-tratos -, são todos considerados fatores que levam ao alcoolismo. A progressão da doença varia de uma pessoa para outra. Para alguns, desenvolve-se assim que começam a beber. Entretanto, para a maioria das pessoas, a doença progride lentamente, começando com a bebida social e esporádica, passando por uma entrega mais frequente aos apelos prazerosos da bebida, até que a pessoa fique totalmente viciada.
Alguns alcoólatras são bebedores de ocasião, e podem ficar semanas ou até meses sem ingerir uma gota de álcool. Mas ao tomar o primeiro gole, só conseguem parar quando ficam incapacitados ou desmaiam. Ainda que essas pessoas tenham dificuldade de manterem-se sóbrias, provavelmente não sofrem os sintomas graves da abstinência. Em outros casos, a abstinência por 12 a 24 horas produzirá sintomas como sudorese, irritabilidade, náusea, vômito e fraqueza. Sintomas mais graves podem surgir no período de dois a quatro dias, e podem incluir delirium tremens (DTs) - doença caracterizada por febre e delírio.
A overdose crônica de álcool gera consequências psicológicas e físicas. Frequentemente, alcoólatras não parecem intoxicados, mas sua capacidade para trabalhar e desempenhar atividades diárias torna-se cada vez mais prejudicada. Tendem a sofrer de depressão, alteração de humor e comportamentos violentos. A taxa de suicídio entre alcoólatras é mais alta do que a da população em geral. Na média, mo alcoolismo reduz a expectativa de vida não apenas devido ao suicídio, mas também por aumentar o risco de doenças fatais como câncer de pâncreas, fígado e esôfago. Mulheres que bebem muito durante a gravidez podem ter filhos com síndrome alcoólica fetal e os bebês podem apresentar uma série de defeitos congênitos, inclusive retardamento mental.



Efeitos do alcoolismo na nutrição

O alcoolismo pode levar à má alimentação, não só porque os bebedores crônicos tendem a comer mal, mas também porque o álcool altera a digestão e o metabolismo da maioria dos nutrientes. A deficiência grave de tiamina é extremamente comum, assim como deficiências de ácido fólico, riboflavina, vitamina B6 e selênio. Como muitos alcoólatras sofrem de deficiência de vitamina D, eles correm maior risco de fraturas e osteoporose. As funções hepática e pancreática prejudicadas pela bebida podem dificultar a digestão de gorduras. Há um aceleramento no metabolismo da glicose, que pode resultar em baixos níveis de açúcar no sangue, já que o álcool estimula a produção de insulina. E os alcoólatras estão frequentemente acima do peso, devido à ingestão das calorias do álcool.

Dietas e suplementos ajudam

Se o alcoólatra parar de beber, os problemas nutricionais devem ser atacados um de cada vez. É recomendável prescrever alguns suplementos para tratar as deficiências e dietas que levem em consideração os problemas fundamentais. Por exemplo, uma pessoa que está acima do peso precisa de uma dieta que supra suas deficiências nutricionais sem aumentar o peso. Se existem problemas hepáticos, a ingestão de proteínas deve ser monitorada a fim de evitar uma sobrecarga do fígado.



Fatos sobre o álcool


  • O lúpulo que dá um sabor e um aroma diferenciados à cerveja é uma trepadeira perene, que é parente da cannabis.
  • Banho frio, café forte e tratamentos do gênero não servem para ajudar a pessoa a ficar sóbria.
  • Grandes quantidades de álcool reduzem o desempenho sexual nos homens. O álcool reduz os níveis de testosterona enquanto aumenta os níveis de estrógeno que podem levar a impotência, testículos diminuídos e crescimento das mamas em homens.
  • Mulheres absorvem o álcool na corrente sanguínea de forma mais eficiente que os homens.
Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

Água, essencial para a vida

Composta de duas partes de hidrogênio e uma parte de oxigênio, a água é a substância mais abundante no corpo humano, sendo responsável por quase 60% do nosso peso. Embora a água não tenha calorias ou outros nutrientes, só podemos ficar poucos dias sem bebê-la. Já uma pessoa saudável pode sobreviver de seis a oito semanas sem se alimentar. Uma perda de 5 a 10% da água do organismo provoca uma séria desidratação, mas uma perda de 15 a 20% é geralmente fatal.

Funções vitais desempenhadas pela água

A água é essencial para todas as funções vitais do corpo, inclusive a digestão, a absorção e o transporte de nutrientes, a eliminação de resíduos e para regular a temperatura corporal, assim como para diversos outros processos químicos. Ela fornece um colchão protetor para as células e, na forma de líquido amniótico, protege o feto em desenvolvimento. A água é necessária para constituir todos os tecidos do organismo, e é a base do sangue e de todas as secreções fluídas como lágrimas, saliva, sucos gástricos e fluídos que lubrificam nossos órgãos e articulações. Ela também ajuda a manter a pele suave e macia.



Qual a quantidade necessária de água?

O corpo humano necessita de água o suficiente para assegurar que a urina seja clara e não escura ou amarelo-brilhante. Em média, para o adulto isso pode ser traduzido como seis a oito copos de água diários. A maior parte disso é fornecida por bebidas - água pura, café, sucos e refrigerante - mas, surpreendentemente, ela é bastante abundante nos alimentos também. Frutas, verduras e legumes, por exemplo, são constituídos por 70 a 95% de água - comparados aos 75% do ovo; 40 a 60% das carnes, aves e peixes; e 35% do pão.
Nossas necessidades diárias variam muito. Precisamos de mais água no calor, durante a prática de exercícios, quando temos febre, resfriados ou outras doenças. A água também é mais necessária durante a gravidez, para gerar o líquido amniótico e o volume de sangue expandido, assim como atender às necessidades de desenvolvimento do feto. Mães que estão amamentando precisam aumentar a ingestão de líquido para produzir leite, que é composto por 87% de água.
Como regra geral, a quantidade de água que ingerimos deve ser igual à que eliminamos. Muitos fatores podem afetar esse equilíbrio hídrico. Por exemplo, tomar diuréticos ou outras drogas que aumentam a micção eleva a nossa necessidade de ingerir líquidos. Berber grandes quantidades de chá ou café tem um efeito diurético semelhante, o que pode compensar a ingestão dessa bebidas. Comer comidas salgadas faz com que tenhamos mais necessidade de água para mantermos o equilíbrio adequado de líquidos.
A sede diminui com a idade, portanto os idosos devem beber água com mais frequência mesmo quando não sentem sede. Além disso, a sede pode não acompanhar a necessidade de água do corpo durante uma prática de exercícios intensa ou quando está muito quente e úmido. No momento em que você sente sede, já pode estar desidratado. Se você beber mais líquido do que precisa, os rins eliminam o excesso aumentando o volume de urina. Se você beber mais água do que os rins conseguem administrar, o excesso é absorvido pelas células.



Nossa água potável é confiável?

No Brasil, das cerca de 40 milhões de residências,88% são abastecidas pela rede geral de águas. Contudo, apenas 20% do esgoto sanitário é tratado, o que acaba minando a confiança da população em relaçaão ao seu abastecimento. Além disso, um n´mero crescente de representantes da saúde pública está alertando para o fato de que os reservatórios de água estão sendo poluídos por águas industriais, resíduos de fertilizantes, pesticidas, lixos químicos e nucleares.
Portanto, até que ponto nossa água é confiável? Veja, a a seguir, os agentes contaminadores mais comuns que podem afetar a segurança da água:

  • Cloro - adicionar cloro à água potável, para destruir bactérias causadoras de doenças, tem sido um grande aliado da saúde pública. Mas pagamos um preço alto por esse aliado. O cloro pode se unir a outros componentes de matéria orgânica e formar subprodutos decorrentes da cloração da água. A exposição prolongada ao trialometano, um dos seus subprodutos mais comuns, foi relacionada ao aumento do risco de câncer, principalmente de bexiga e de cólon.
  • Chumbo - Embora a maior parte da água potável municipal contenha pouco ou nenhum chumbo na fonte, a água pode absorvê-lo no trajeto até sua casa, ao passar por vários reservatórios e canos, inclusive os da sua residência. O chumbo - que é um metal tóxico - acumula-se no organismo ao longo do tempo, e pode ser prejudicial aos órgãos e às células do sangue. Uma fonte comum de contaminação é a corrosão de antigos tubos e encanamentos. Para minimizar sua exposição, use apenas água fria da torneira tanto para beber como para cozinhar. A água quente tem mais probabilidade de conter mais chumbo. Quando abrir a torneira, deixe a água escorrer até que esteja fria, para eliminar qualquer chumbo que possa estar acumulado. Se estiver preocupado, faça testes na sua água.  
  • Turbidez - A turbidez ocorre quando matérias como argila, plantas em decomposição e parasitas ficam em suspensão na água. Microrganismos causadores de doenças podem fixar-se nessas partículas e escapar da desinfeção. Embora ainda dentro dos limites permitidos, já existira, casos em que o aumento da turbidez provocou episódios de doenças gastrintestinais.
  • Parasitas - Os parasitas Cryptosporidium parvum e Giardia lamblia que vivem nos intestinos de seres humanos e animais podem entrar no sistema de abastecimento de água pelo esgoto ou pelas excreções dos animais. O parasita G. lamblia pode causar diarreia, falta de apetite, desidratação e vômitos. Uma pequena quantidade de parasitas já pode deixar as pessoas doentes. Aqueles que acampam e outros que bebem água não-tratada correm riscos ainda maiores, mas já houve casos de pessoas diagnosticadas com giardíase de água potável municipal . Normalmente, as infecções por C. parvum são mais sérias - podem provocar febre, diarreia, cólicas estomacais e até a morte. Os dois parasitas são difíceis de matar, pois suas cascas externas protetoras são duras e os protegem da desinfecção. E como são muito pequenos, conseguem passar por quase todos os filtros. 
Como saber se há esses contaminadores na sua água potável? No Brasil, a Agência Nacional de Águas, juntamente com o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos e os órgãos regionais e estaduais são os responsáveis pela segurança e qualidade da água que chega às nossas residências. Mas você pode entrar em contato com a Vigilância Sanitária local e pedir relatórios e outras informações referentes aos níveis de contaminação. Você também pode recorrer a um filtro ou optar por água engarrafada, mas não há garantia de que essas opções irão eliminar completamente os contaminadores da água potável. Sistemas de filtro diferentes podem remover diferentes contaminadores, assim como variar o nível de contaminação na água. Se você está preocupado, faça o teste.



Arsênico na água potável

O arsênico penetra nas fontes de água potável no solo quando depósitos minerais ou pedras que contenham arsênico são dissolvidos. Além disso, o arsênico também penetra através da descarga de lixo industrial, e das partículas desprendidas da queima de combustíveis fósseis - especialmente carvão. O arsênico também é considerado um perigoso carcinógeno. O consumo durante anos de água potável com uma concentração de arsênico em níveis próximos ou mais altos que os valores de referência é considerado o responsável pelo aumento do risco de câncer de pele, assim como de tumores na bexiga, rins, fígado e pulmão. Uma exposição prolongada aos altos níveis de arsênico na água também pode causar arritmia cardíaca, danos aos vasos sanguíneos, uma baixa produção de células vermelhas o sangue e espessamento e descoloração da pele. Mais uma vez, se você estiver preocupado, teste sua água, e pense seriamente em investir na compra de um equipamento para o tratamento da água dentro de casa, a fim de reduzir o nível de arsênico.



Água engarrafada

Você pode pensar que toda a água engarrafada é igual, mas não é. A água engarrafa significa apenas que ela foi embalada em um recipiente lacrado e posta à venda. As opções existentes nas prateleiras dos supermercados incluem desde a água importada de fontes na montanha até a simples água engarrafada de um reservatório municipal. Leia atentamente o rótulo para obter todas as informações sobre a fonte, conteúdo e sabor. A seguir, apresentamos uma lista do que você pode encontrar.

  • Água termal - flui de uma fonte natural do subsolo. Uma vez que tenha sido coletada e engarrafada, deve ter as mesmas propriedades que tinha no subsolo. Pelo menos em teoria, essa água é mais protegida da poluição do que a água de rios e lagos.
  • Água mineral - provém de fonte que contem no mínimo 500 mg de minerais por litro. Algumas águas minerais são naturalmente gasosas, porque contêm dióxido de carbono, enquanto em outros tipos o dióxido de carbono é acrescentado.
  • Água potável - Água engarrafada pode vir de uma fonte ou de um reservatório de água municipal. É tratada com destilação, deionização ou osmose reversa. Outros termos usados para água tratada por esses processos são "água destilada", "água deionizada" e "água de osmose reversa".
  • Água com gás - água engarrafada que contém gás natural ou gás adicionado. A água tônica e o clube soda são considerados refrigerantes e não água engarrafada.


Sistemas de filtro domiciliar

Atualmente, existe uma grande variedade de sistemas de filtros, diferenciado-se amplamente tanto em termos de custo como de eficácia na remoção de contaminadores. Você pode escolher uma jarra para colocar em cima da mesa, ou ter uma unidade sob a pia. Como ocorre com as águas engarrafadas, a única forma de tomar uma decisão bem fundamentada é fazer uma boa pesquisa. 
Um bom lugar para começar é no Inmetro (www.inmetro.gov.br), órgão federal que trabalha para o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida da população, para o avanço tecnológico e para a proteção do cidadão. Ele possui análises em filtros de água para que o consumidor passe a se educar sobre a qualidade do sistema de abastecimento de água potável, além de poder determinar se necessita de um sistema de filtro, e quais contaminadores são motivo de preocupação. Com base nessas informações, você pode selecionar um sistema de filtro capaz de remover esses contaminadores.



6 fatos interessantes sobre a água
  1. Estima-se que 25% da água engarrafada seja, na verdade, água da torneira filtrada. 
  2. Água mineral é frequentemente rica em sódio.
  3. Diferentemente do sistema de abastecimento de água municipal, a água engarrafada pode não conter flúor suficiente para proteger contra as cáries.
  4. Não é uma boa ideia reutilizar garrafas plásticas de água. Lavá-las e reusá-las muitas vezes acelera o processo de quebra do plástico, aumentando a exposição a substâncias químicas potencialmente prejudiciais.
  5. Verifique a data de engarrafamento e a data de validade para descobrir quão fresca é a água. Normalmente, a água engarrafada contém um menor número de bactérias prejudiciais. Mas, se a água for armazenada por períodos longos em temperatura ambiente, as bactérias podem proliferar rapidamente. O melhor a fazer é armazenar a água em locais refrigerados.
  6. Recipientes abertos de água engarrafada devem ser refrigerados, caso bactérias potencialmente prejudiciais tenham entrado neles.
Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos

domingo, 7 de abril de 2013

O chocolate

Vantagens no consumo de chocolate

  • Pode melhorar o humor de algumas pessoas.
  • Como outros alimentos vegetais, contém vários antioxidantes.
Desvantagens
  • Contém muitas calorias e gorduras.
  • Pode provocar dores de cabeça.
Em 1502, a tripulação de Colombo retornava da quarta viagem ao Novo Mundo, quando levou na bagagem as primeiras sementes de cacau para a Europa. Posteriormente, os espanhóis misturaram as ementes com baunilha e outras essências, açúcar e leite e fizeram uma mistura pela qual, segundo um escritor da época, as pessoas "chegavam até a morrer". Montezuma, o imperador asteca, descreveu o chocolate como "uma bebida dos deuses, que aumenta a resistência e combate o cansaço".
Durante os primeiros seculos, o chocolate era servido apenas como uma bebida. Uma forma sólida - provavelmente, mais parecida com o marzipã do que com o chocolate de hoje - era vendida como um desjejum instantâneo na França do século XVIII. Devido aos eu efeitos estimulantes, provocados por seu teor de cafeína, o chocolate foi considerado um alimento particularmente útil para os soldados que montavam guarda à noite.
A barra de chocolate, que foi comercializada pela primeira vez por volta de 1910, atraiu a curiosidade do público quando foi usada pelo exército norte-americano como o "alimento de combate" durante a Segunda guerra Mundial.



A fonte do chocolate

O chocolate é feito a partir dos grãos descobertos das bagas do cacaueiro, uma árvore perene que se originou nos vales ribeirinhos da América do Sul. Os povos primitivos da América Central e do Sul valorizavam tanto o cacau que usavam seu grão como moeda de troca. Atualmente, aproximadamente três quartos da produção mundial de chocolate são cultivados na África Ocidental, e praticamente todo o restante no Brasil.
Depois que os grãos de cacau são colhidos, há uma fase inicial de fermentação e secagem, seguida por uma fase de torrefação a baixas temperaturas, para acentuar o aroma. Seguem-se diversos estágios de fabricação, dependendo do produto final - se é chocolate sólido ou em pó.
Em 1828, a família Van Houten de Amsterdã tentava obter uma bebida mais fina, e inventou uma prensa para remover a maior parte da manteiga de cacau dos grãos. Não só conseguiram criar uma bebida mais fina, mas também descobriram que ao misturar de volta a pasta de cacau com os grãos de cacau moídos, conseguia-se fazer uma pasta mais macia e com mais gordura que absorvia açúcar. E assim surgiu o "chocolate comestível".



Componentes do chocolate

O chocolate não é uma fonte rica de nutrientes, mas não é prejudicial comer uma quantidade limitada de chocolate, principalmente o amargo.
Uma porção de 30 g de chocolate em barra contém aproximadamente 150 calorias e 2 ou 3 g de proteína. O grão original tem grandes doses de vitamina E e vitamina B. Entretanto, estes nutrientes estão muito diluídos, sendo negligenciados no chocolate processado de hoje. O chocolate ao leite ou o meio amargo contém 40 a 53% de gordura ou de manteiga de cacau. Tanto o chocolate quanto o cacau em pó contém cromo, ferro, magnésio, fósforo e potássio, mas a gordura e as calorias fazem do chocolate uma fonte inadequada desses minerais - exceto quando usado em suprimentos de emergência.
Um composto químico que previne o chocolate de ficar rançoso valorizou rapidamente a manteiga de cacau, transformando-a em um alimento de longa durabilidade e um óleo comestível.
O chocolate é sólido em temperatura ambiente, mas como o seu ponto de fusão é exatamente abaixo da temperatura do corpo de uma pessoa, começa a derreter e a liberar seus componentes aromáticos logo que é colocado na boca.
O chocolate branco, uma mistura de manteiga de cacau, leite em pó e açúcar, não contém cacau em pó. Diferentemente do chocolate ao leite, o chocolate branco não tem boa durabilidade, porque não contém os produtos que evitam o leite em pó de ficar rançoso com o tempo.



A sensação de bem-estar que traz o chocolate

O chocolate contém dois estimulantes alcalóides relacionados, a teobromina e a cafeína em uma proporção de 10 para 1. A teobromina, diferentemente da cafeína, não é um estimulante do sistema nervoso central; seus efeitos são diuréticos. Os produtos à base de chocolate comercializados contêm apenas 0,1% de cafeína e são menos estimulantes, se comparamos o volume, do que uma xícara de café descafeinado. O chocolate sem açúcar, para uso culinário doméstico, é uma fonte mais concentrada de cafeína. O chocolate também é rico em feniletilamina (PEA), um composto natural com efeitos parecidos aos da anfetamina. Em alguns casos, pode causar dores de cabeça enxaqueca em pessoas sensíveis.

Prefira o chocolate amargo ao chocolate ao leite. O chocolate amargo contém mais antioxidantes e menos gordura. O chocolate ao leite contém a gordura do leite, que é uma gordura altamente saturada.

Algumas pessoas (geralmente mulheres) possuem uma tendência de comer chocolate após abalos emocionais. Não existem explicações científicas para este comportamento. No entanto, os psiquiatras supõe        que os "chocólatras" podem ser pessoas com problemas no mecanismo de regulagem de feniletilamina do corpo. Outros estudiosos atribuem os desejos por chocolate a mudanças hormonais, como as que ocorrem na puberdade ou no período pré-menstrual.



Novos estudos sobre o chocolate

Um relatório publicado na edição de fevereiro de 2003 do Journal of the American Dietetic Association apresenta alguns dados favoráveis ao chocolate. Os pesquisadores revisaram diversos estudos sobre os possíveis benefícios do chocolate à saúde, principalmente do chocolate amargo e do cacau. Descobriram  que os flavonóides presentes no chocolate têm algumas propriedades antioxidantes - também encontradas no vinho tinto e em algumas frutas, verduras e legumes - associadas a um risco menor de problemas cardíacos.
O chocolate tem melhor sabor quando ingerido de estômago vazio. Nunca guarde chocolate na geladeira - isso fará a manteiga se separar e formar uma mancha branca. Ao provar um chocolate, deixe que o pedaço repouse alguns segundos na boca, para liberar os primeiros aromas e sabores. A seguir, mastigue-o algumas vezes para liberar os aromas secundário. Deixe descansar novamente colado ao céu da boca, para que você consiga alcançar todos os seus sabores.

Fonte: Livro Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos