Aparentemente, os bioflavonóides desempenham função de agentes antioxidantes e maximizam os efeitos antioxidantes da vitamina C. Acredita-se também serem fundamentais para uma função capilar adequada e alguns parecem ser antibióticos naturais e agentes anticancerígenos.
Os bioflavonóides são um grupo de substâncias fitoquímicas naturais que agem primariamente como pigmentos de plantas e aromatizantes. As subcategorias de bioflavonoides incluem isoflavonas, antocianidinas, flavonóis, flavonas e flavononas.
Onde os bioflavonóides são encontrados?
Os bioflavonóides são encontrados em uma grande variedade de alimentos. As flavanonas, por exemplo, estão presentes em frutas cítricas; as isoflavonas, em produtos da soja; as antocianidinas, no vinho; os flavans, na maçã e no chá; e a rutina no trigo-sarraceno. Outros alimentos ricos em bioflavonóides são: damasco, amora-preta, brócolis, melão-canta-lupo, cereja, toranja (grapefruit), uva, pimentão verde, mamão, ameixa, tomate, café e cacau.
Estudos desses compostos, ainda em andamento, estão se concentrando nos seus efeitos potenciais de promoção da saúde:
- Os capilares são vasos sanguíneos muito permeáveis que permitem que oxigênio, hormônios, nutrientes e anticorpos presentes no fluxo sanguíneo penetrem em células individuais. Se as paredes dos capilares forem frágeis, o sangue também penetrará nas células. Isso pode resultar em hematomas, hemorragia cerebral e na retina, sangramento de gengiva e outras complicações. Os bioflavonóides fortalecem as paredes dos capilares, mantendo o grau adequado de permeabilidade.
- Pesquisas recentes indicam que alguns bioflavonóides são inibidores que previnem a formação de coágulos sanguíneos. Esses bioflavonóides podem ser úteis no tratamento de flebites e de outros distúrbios de coagulação.
- Acredita-se que os bioflavonóides previnem doenças cardíacas. O resveratrol e a quercetina, bioflavonóides presentes na casca da uva, reduziriam os riscos de doenças cardíacas em consumidores moderados de vinho.
- Muitos bioflavonóides defendem as células de danos provocados por radicais livres, moléculas instáveis que se formam quando o corpo usa oxigênio. Alguns bioflavonóides são usados como conservantes de alimentos para impedir a oxidação das gorduras. Outros aumentam a ação antioxidante dos nutrientes.
- Os bioflavonóides acentuam a ação da vitamina C. Ambos estão presentes nos mesmos alimentos, portanto, o corpo os metaboliza de modo similar. Essa semelhança levou pesquisadores a formularem a teoria de que algumas funções atribuídas à vitamina C são realizadas pelos bioflavonóides. Outros acreditam que ambos trabalham de maneira sinérgica.
- Substâncias cancerígenas podem ser bloqueadas pelos bioflavonóides. Estudos de laboratório indicam que alguns bioflavonóides bloqueiam ou desaceleram o crescimento de células malignas.
Usos potencialmente terapêuticos
Atualmente, muitos bioflavonóides estão sendo estudados para usos potencialmente terapêuticos:
- A hesperidina, um bioflavonóide presente na flor e na casca da laranja, do limão e de várias outras frutas cítricas, está sendo utilizada para tratamentos de hematomas simples e outras complicações relacionadas a sangramentos.
- A rutina, encontrada em folhas de trigo-sarraceno e em outras plantas, está sendo estudada para tratar glaucoma e sangramentos na retina de diabéticos, exposição à radiação e hemofilia.
- A quercetina, presente na maçã, cebola, chá, vinho tinto, uva, framboesa, frutas cítricas, cereja e em outros alimentos, está sendo estudada para melhorar o funcionamento dos pulmões, e também para reduzir o risco de algumas doenças respiratórias, como a asma, a bronquite e o enfisema. Também pode auxiliar no tratamento ou na prevenção do câncer de próstata.
Exigências alimentares
A tabela IDR não estabelece valores para bioflavonóides, mas estudos demonstram que se uma alimentação contiver frutas, legumes e verduras suficientes para fornecer 60 mg de vitamina C, fornecerá também uma quantidade adequada de bioflavonóides.
Fonte: Alimentos Saudáveis Alimentos Perigosos